A “tchurma” de guerreiros versão 2019




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Buenas, tricolada! Finalzinho de Carnaval, o futebol posto de lado pela maioria dos foliões, mas este que vos subscreve, como ávido, roxo e cinquentenário torcedor do Fluminense, mesmo apreciando o próprio evento carnavalesco e a participação que boa parte da população dedica à festa, não poderia deixar de futucar algum tema sobre o nosso clube de coração.

Creio que os nossos leitores mereçam alguns pitacos sobre a matéria, pois há uma divisão notória quanto à excelência e à qualidade do nosso grupo de jogadores. Este texto trata do extenso elenco do FFC, de 34 atletas, e remonta uma opinião íntima no que se refere às individualidades de cada um dos nossos guerreiros.

GOLEIROS

Rodolfo

Pode evoluir, mas ainda não transmite a segurança que os tricolores desejam. É bom com a bola nos pés, mas peca em excesso nas saídas de gol.

Marcos Felipe

Foi excelente na base, chegou às Seleções, mas, nas poucas vezes em que foi utilizado nos profissionais, não demonstrou confiança. É jovem e pode ser mais testado, em partidas de menor peso deste Cariocão, por exemplo.

Agenor

O nosso “Ageneuer” houve-se muito bem no Sport Recife, quando substituía o Magrão, e no Guarani de Campinas, mas confesso que tenho dúvidas sobre a sua performance numa possível entrada na nossa meta. Parece que já perdeu alguns indesejáveis quilinhos, mas…

Guillermo De Amores

Eu não me sinto à vontade para tecer quaisquer comentários a seu respeito… seria leviano. O cara chegou, a pedido da torcida, com direito à invasão de suas redes sociais, para tomar a posição do inconstante Júlio César, à época, e foi colocado ao largo por Abel, Marcelo, e agora pelo Diniz – este último treinador, sem a mínima responsabilidade, já que a nossa gestão decidiu não renovar o contrato do jovem e promissor arqueiro uruguaio. Acumulou contusões e, indiretamente, estimulou ainda mais a ira da galera contra Abad e trupe, o que, neste caso específico, me soou injusto.

LATERAIS

Gilberto

Titular indiscutível, viveu a melhor fase de sua carreira no primeiro semestre de 2018, antes de sua séria contusão. É bom jogador e atua em uma posição pra lá de carente no nosso futebol – tanto assim que o veterano Dani Alves ainda é o preferido do Tite, na Seleção Brasileira, como lateral-direito titular. Ele tem que voltar à velha forma o quanto antes, porque está nos fazendo muuuuuuita falta.

Ezequiel

Sem muitas delongas, a meu ver é fraco. Ponto!

Igor Julião

O filósofo e estudado lateral-direito tricolor, cria de Xerém, não me inspira a menor confiança. Ponto de novo!

Matheus Mascarenhas

Hoje é o nosso titular inquestionável da lateral-esquerda. Tem qualidade de marcação mais latente do que a de Ayrton Lucas e cruza muito bem. Pode nos ajudar bastante na temporada.

Marlon

Já foram-lhes concedidas inúmeras chances, desde o ano passado, e jamais o malandro foi aprovado. Está sem confiança e erra muito mais do que acerta. No meu entendimento, não é jogador para o Fluminense.

ZAGUEIROS

Matheus Ferraz

Grata surpresa! Calou a muitos, inclusive a mim. Tomara que mantenha a pegada e as boas atuações no decorrer do certame.

Digão

É aquilo: não trata-se de uma sumidade, alterna pixotadas com jogadas de grande categoria, faz os seus golzinhos, eventualmente, assim como o Ferraz, mas não representa o sonho de consumo dos tricolores.

Léo Santos

O menino é bom zagueiro. Caiu em desgraça com os corintianos por conta da falha e da consequente derrota da sua equipe na final da Copa do Brasil de 2018, contra o Cruzeiro. No entanto, ele tem qualidades. É dono de boa impulsão, capacidade de antecipação, velocidade e liderança. Eu considerei a sua chegada como bola dentro da nossa incompetente diretoria.

Nino

Mesmíssima situação do Léo Santos, com uma desvantagem: com toda a reverência e respeito que o Tigre de Santa Catarina merece, atuar no Criciúma é uma coisa, e numa grande agremiação tupiniquim é outra completamente distinta. Vi diversos jogos da equipe catarinense na Segundona do ano passado e ele me lembrou muito o bom zagueirão Lúcio, penta-campeão do mundo em 2002, com a nossa Seleção. Bola dentro, também, no meu conceito!

Paulo Ricardo

O nosso “Olhar 43” não nos traz boa lembranças recentes. No ano passado, quando teve oportunidades, andou cagando o pau! De repente seja bom para elenco, mas, de preferência, utilizando-o muuuuuuuito eventualmente, se tanto.

Frazan

Talvez a melhor opção seja emprestá-lo pra ganhar cancha e casca. Teve ótima participação, ao lado de Nogueira, e depois de Derlan, na zaga da nossa equipe campeã do Brasileirão sub-20 de 2015. Pra mim, inclusive, era o melhor dos três! É jovem e pode evoluir.

VOLANTES E MEIAS

Aírton

Tem experiência, conhece os atalhos do campo, dá segurança à nossa entrada de área, passou a bater menos, tem bom passe, mas não sei se ele terá saúde para aguentar o tranco de uma temporada longa, com 80 ou 90 jogos.

Luiz Fernando

Não tenho boas lembranças de suas atuações pelos profissionais do Fluminense. Pelo que me lembro, ele erra passes em profusão, bate como gente grande, e via de regra faz somente figuração em campo. Creio que todos os outros volantes estejam na sua frente, na necessidade de uma substituição.

Zé Ricardo

O moleque de Xerém é bola! Será útil no decorrer de 2019 e, quem sabe, não beliscará uma vaguinha de titular ali adiante, se o Aírton “mancar”. É um bom ativo do nosso elenco, e que ainda pode nos gerar dividendos futuros, com a sua venda.

Dodi

É um jogador de razoável pra bonzinho, mas jamais poderá envergar o nosso manto como titular, na minha modesta opinião. Bom pra elenco.

Caio

Na base andou fazendo bons jogos, tanto assim que as suas atuações chamaram a atenção do Abelão, que o promoveu e o escalou em algumas partidas, em 2018. Não sei como se sairá nos profissionais, mas, de qualquer maneira, tem que ser testado. Ele me parece um pouco indolente, de vez em quando, e soberbo ao extremo, mas é muito menino é pode levar umas porradinhas da Comissão Técnica, pra entrar na linha.

Allan

Cabe-nos maiores observações, mas me parece tranquilo, atua com a cabeça em pé, aparenta também ter um bom passe e um ótimo poder de marcação. Bota o moleque pra jogar, Fernando Diniz!

Bruno Silva

Ainda está devendo! Desde que chegou ao Fluminense, jamais reeditou as suas boas atuações da época de Botafogo. Mas é um cara que demonstra dedicação, força física e boa chegada ao ataque. Deve melhorar, eu creio. Tem somente que bater menos e se apresentar sem aquela pilha excessiva que lhe é companheira, e que volta e meia o prejudica na justiça desportiva – e no próprio campo de jogo, ante aos árbitros.

Caio Henrique

Excelente! Marca demais, não é de fazer faltas, trata-se de um contumaz ladrão de bolas, inclusive na saída de jogo dos adversários, o que já nos proporcionou dois gols, neste início de trabalho, enfim… Além de tudo, tem boa visão de jogo, ótimo passe, é incansável, veloz, participativo – jamais se esconde nos confrontos -, e bate pro gol, quando possível. Muito boa aposta!

Daniel

Como eu escrevi numa coluna recente aqui mesmo no Explosão Tricolor, ele lembra demais aquele molecote de 10 anos, bom de bola, promissor, que o pai e o tio apostam um futuro no futebol, mas que se perde atuando no meio dos cascas grossas de 30 e 40 primaveras, mamados, truculentos e porradeiros dos churrascões de família! Ainda não quero fechar questão sobre a sua trajetória no Fluminense, até aqui!

PH Ganso

Dispensável qualquer tipo de apresentação, OK? No Fluminense, ele requer mais paciência e apoio da galera, porque vem de longo tempo inativo, na Europa, está se adaptando ao novo clube, aos novos companheiros e se readaptando ao jeito brasileiro de se jogar bola. Ele ainda busca uma melhor condição física e um entrosamento efetivo com o grupo de jogadores – e com o próprio onze titular que o Diniz põe em campo.

ATACANTES

Luciano

É bom jogador. Tem técnica, visão de jogo, bom passe, razoável finalização, mas peca muito no quesito “eletricidade”. Ele lembra o veterano lateral-esquerdo Carlinhos, campeoníssimo, vestindo a nossa camisa, mas que necessitava de eventuais choques de 220v pra entrar no clima das partidas! Ah, o atacante tem também que corrigir um grave defeito de postura: a sua recorrente indisciplina! Putz, como o malandro leva cartão bobo!

Yony “Speed” Gonzales

Tenho percebido a tricolada perder um tantinho do encanto com o nosso atacante colombiano. Peralá, meu povo, não deixemos nos enganar! O cara jamais será um craque, mas tem uma disposição invejável, não desiste de nenhuma jogada, é veloz, tem arranque e explosão, e é bom finalizador. Além de tudo, está se adaptando também a uma nova cultura, a um novo país, a um novo estilo de futebol, a uma nova culinária, em suma, o malandro precisa mesmo é de apoio e aplausos. Considero a sua chegada como mais uma bola dentro de Abad e cia. – por incrível que pareça!

Everaldo

Bom atacante de lado. Veloz, incisivo, tenta as jogadas individuais, recompõe bem o sistema defensivo… Enfim, ele tem que ficar! O Flu deve fazer todos os esforços para mantê-lo. Entretanto, cabem-lhe inúmeras críticas, e prender a bola em demasia é a principal delas. E mais: via de regra ele torna-se previsível, com aqueles cortes pro meio para tentar as (péssimas) batidas pro gol, ou atrasar os contra-ataques, recuando a pelota para um companheiro ou ainda escolhendo mal alguma jogada; reclama excessivamente com a arbitragem, o que lhe acarreta cartões idiotas; e dá umas traulitadas desnecessárias nos adversários, quando faz a tal recomposição defensiva. Contudo, são situações de jogo e características próprias que podem ser corrigidas pelo Diniz e sua Comissão Técnica.

Marquinhos Calazans

Não tem medo de ser feliz! Parte pra dentro dos marcadores, é veloz, abusado, mas parece-me afobado na maioria das jogadas – ainda que atue improvisado quase sempre. Assim como um de seus companheiros de ataque, o Mateus Gonçalves, de quem falarei logo adiante, a impressão é a de que quer mostrar serviço pro chefe. Confesso que ainda falta um bocado para eu respeitá-lo como (bom) jogador de futebol – diferentemente da base, quando eu o admirava bastante!

Pablo Dyego

É voluntarioso, rápido e tem bom porte físico. Merece mais chances, é verdade, assim como mereceriam, o Frazan, o Paulo Ricardo, o Igor Julião, Zé Ricardo, o Caio, o Allan, em suma… mas a meu ver ele não será algum tipo solução ou mesmo a mola precursora para um Flu melhor! É o protótipo de jogador que alterna bicicletas incríveis, acertando a trave, como aquela diante do Nacional Potosí, pela Sula 2018, e gols bisonhamente perdidos, como os desperdiçados diante do Botafogo e do Cruzeiro, no Brasileirão do ano passado! Vamos aguardar.

Mateus Gonçalves

Este, a meu ver, está sendo sub-utilizado. Ele normalmente incendeia as nossas atuações, quando chamado a campo pelo Fernando Diniz. Convive com o mesmo probleminha do Calazans, o de querer mostrar as suas credenciais ao técnico, mas ele é o atacante que vem tendo menos oportunidades, além do Pablo Dyego, e dos meninos do sub-17. Tem uma boa vantagem sobre o Everaldo: sabe fazer gols!

Marcos Paulo

A joia de Xerém tem tido algumas poucas chances, mas poderia ser mais utilizado. Por exemplo, quando o Luciano está nos seus dias de Carlinhos, o garoto tem que ir pro pau! Ele precisa de rodagem, de confrontos contra gente grande e, feliz ou infelizmente, mais cedo ou mais tarde, com a provável venda do ótimo Pedro, ele é quem assumirá a nossa camisa 9 – se não chegar o Don Fredón! Joga muito o menino!

João Pedro

Mesmíssimo caso do Marcos Paulo: bota pra jogar, Diniz! O moleque é fera! Além do mais, ele está vendido pra Inglaterra, portanto, dê algumas chances para os tricolores usufruírem do seu bom futebol! OK, OK! Não podemos queimá-lo, jogá-lo aos leões numa final de campeonato, responsabilizando-o por vitória ou derrota, mas no laboratório que representa este falido campeonato estadual, contra os adversários menos tradicionais, tanto ele quanto o Marcos Paulo poderiam ir pros combates!

Pedro

Dispensa elocubrações! O nosso menino-artilheiro está fazendo muuuuita falta! Não vejo a hora de tê-lo em campo, ao lado de PH Ganso, Yony, Luciano, Everaldo etc! Aí, resta-nos torcer para que Abad e pares mantenham-no, ao menos, até o final da temporada! Seria o melhor dos mundos!

Pois é, amigos leitores! Ainda falam em Aderlan, Nenê, Paulinho, Fred, e outros. Eu apovo todos os nomes especulados, mas isto é tema e papo longo para uma futura coluna!

Mudando de pauta, hoje, quarta-feira, 06 de março, é dia de Fluzão na Copa do Brasil, contra o modesto Ypiranga, dos pampas gaúchos, no Maraca. Numa boa e sem menosprezos, é o momento de a gente atropelar os malandros, sem sustos, garantir vaga na próxima fase da competição, embolsar uns milhõezinhos muito bem-vindos, e resgatar o otimismo que se diluiu um bocado com os resultados diante de Antofagasta e Resende! Pra cima deles, Tricolor das Laranjeiras!

Até a próxima e saudações eternamente tricolores!

Ricardo Timon