Acabou a maldição 




Martinelli, Ganso e Marcelo (FOTO DE LUCAS MERÇON / FLUMINENSE FC)

Acabou a maldição (por Lindinor Larangeira)

Eram 13 clássicos sem vitória. Essa maldição acabou ontem no Maracanã, em uma tarde de meia estreia. Explico: no primeiro tempo, o Flu de Diniz talvez tenha feito o seu melhor jogo do ano. Meia estreia, portanto.

Bastou não inventar, colocando os jogadores nas devidas posições, para o time botar a bola no chão e envolver o limitado, porém muito disciplinado taticamente, Clube de Regatas 777.

Na primeira etapa, o Fluminense sobrou, com destaques para a regência de Ganso e o primeiro violino de Martinelli. Nessa orquestra, poucos músicos desafinaram. Cabe destacar nesse concerto a sonata, não dá para chamar de passe ou assistência, de Marcelo para a execução primorosa do maestro Ganso.

No segundo tempo, apesar do belo gol de Martinelli, que espero tenha convencido o treinador que é mais útil ao time na sua real posição, a música andou meio atravessada.

Com as alterações feitas, o adversário ganhou mais força física e volume de jogo pelos lados do campo. Ou seja, buscou  o jogo de imposição e de bola aérea, talvez sua maior arma. 

Se o técnico do time adversário leu corretamente o jogo, não se pode dizer o mesmo de Fernando Diniz. O Fluminense tomou um sufoco desnecessário, por aceitar com alguma passividade a pressão e baixar perigosamente a marcação. Mesmo com todas as limitações, quase chegaram ao empate.

Maldição encerrada, outras permanecem. A da não contratação de um zagueiro de qualidade para repor a maior baixa do elenco, faz da zaga a maior maldição da equipe. A maldita inação da diretoria colabora para isso. Diretoria que, aliás, em maldita hora, fez mais uma contratação nível Cris Silva, trazendo o péssimo Antônio Carlos. E com a maldição de um contrato até o final de 2026…

A pouca de confiança do treinador na nossa base também parece ser outra maldição. Se o modelo de jogo do time requer um passe mais preciso e  maior exatidão na saída de bola, Felipe Andrade deveria ser testado na zaga, ou na ausência de André, como primeiro volante.

Outro ponto que não consigo entender é a quase obsessão por Lima. Alexsander, mesmo sem estar no seu ideal, me parece uma opção muito melhor.

Bendita vitória,  que acabou com uma maldita e recorrente pauta da imprensa esportiva. Ou será que ganhar da SAF Vasco não representa vitória em clássico?

No frigir dos ovos, foi um bom treino para o jogo contra o Cerro pela Libertadores.

PS1: Que fim levou o Cris Silva?

PS2: Alô , diretoria: a galera que marcou presença nessa partida merece prioridade em jogos de maior importância.

PS3: Como um zagueiro de 1,91m não consegue ganhar nenhuma bola na cabeça?

PS4: Do pacote de contratações, até agora, só Marquinhos mostrou serviço.