Afinal, quais são as prioridades, Fluminense?




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Afinal, quais são as prioridades, Fluminense? (por Lindinor Larangeira)

Recentemente, abordei pela segunda vez neste espaço o tema planejamento. Agora, falemos de um assunto bastante correlato: prioridades.

Essa palavra, prioridade, magicamente, me traz à mente a frase mais famosa do Gato de Cheshire, personagem do clássico da literatura, Alice no País das Maravilhas: “Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”.

A assertiva resume a falta de direção de Alice e a sugestão do gato de que, sem um objetivo claro, o caminho a tomar é irrelevante. Situação muito parecida com a do Fluminense na atual temporada. Que ficou bastante clara na noite de ontem, quando o time conseguiu fazer apenas uma partida parelha contra o fraquíssimo GV San Jose, saindo derrotado de La Paz.

Sobre a primeira e justa vitória da equipe boliviana na competição, não venham com a desculpa de sempre: a altitude, pois o vexame não deixa qualquer margem para relativizações. A vergonha da noite de quinta-feira apenas escancarou algumas constatações:

  1. A necessidade urgente de correções de rota no péssimo planejamento da temporada.
  2. O elenco continua curto e desequilibrado. Contratações pontuais são urgentes, como as de um primeiro-volante, um meia e um centroavante.
  3. Não temos um banco de reservas que mantenha um padrão, pelo menos, aceitável de jogo. Thiago Santos e Manoel, que estranhamente teve o contrato prorrogado, poderiam permanecer em La Paz e serem emprestados ao GV San Jose.
  4. Não existem prioridades claras para uma temporada com competições tão importantes, quanto difíceis.
  5. A Copa Sul-Americana, torneio mais acessível de ser conquistado, e que garante vaga para a Libertadores e para a Recopa, não é prioridade, tanto para a diretoria, quanto para a comissão técnica.

 Feitas as constatações, alguns questionamentos devem ser também formulados:

  1. Quais são as prioridades ou qual é a prioridade do clube na temporada? Sem essa resposta, seguimos no dilema da obra de Lewis Carroll.
  2. Renato Gaúcho veio com carta branca, como teve Mano Menezes?
  3. Novamente, o técnico não seguiu com o grupo e teve uma semana para treinar o time principal. Será que vai haver alguma evolução no jogo de domingo?
  4. Já que existe uma clara subestimação da Sula, qual é a prioridade da temporada? Brasileirão, Copa do Brasil ou Super Mundial da Fifa?
  5. Por que, quase no meio do ano, o time não jogou sequer uma partida decente?
  6. Quando Renato vai romper com a herança maldita de Mano e abandonar o malfadado 4-3-3, esquema que não tem funcionado desde o início da temporada?

Muitas outras perguntas poderiam ser feitas, mas vamos ficar por aqui, terminando com mais uma frase da genial obra de Carroll, daquele que, talvez seja o personagem mais fofo da história, o Coelho Branco: “Caminhar é fácil, difícil é escolher o caminho”.

PS1: O crédito de confiança em Renato está começando a se esgotar. Vamos ver se na inauguração do gramado sintético da arena do Galo, o time vai conseguir fazer uma partida consistente.

PS2: Sem querer fazer exercício de adivinhação, o árbitro de domingo é uma garantia de que seremos prejudicados novamente. Acorda, diretoria!

PS3: E o assunto SAF, hein?! Saiu de pauta?

PS4: Como torcedor, quero ganhar a Sula sim. E você?

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