Como será o amanhã, Fluminense?




Foto; Vinicius Toledo / Explosão Tricolor



Considerando todo o enredo verde, branco e grená desenvolvido ao longo do ano, não tenho dúvida alguma em afirmar que é um milagre o Fluminense ter garantido a sua permanência na Série A e ainda por cima ter conquistado a última vaga brasileira da Copa Sul-Americana 2020.

O conjunto de erros do Fluminense neste ano foi enorme. Teve até eleição no meio do ano. Além disso, decisões pra lá de equivocadas, trocas de treinadores, vendas de jogadores importantes, sucessivos erros de arbitragem, fragilidade institucional nos bastidores, ausência de um camisa nove, preparação física ruim e uma gravíssima crise financeira também jogaram contra. Ou seja, um cenário todo montado para uma grande tragédia.

Por sorte, a concorrência conseguiu a proeza de ser pior. Mas o Fluminense não pode deixar que os seus próprios erros caiam no esquecimento. A contratação do Osvaldo de Oliveira foi um grande erro que poderia ter colocado tudo a perder. Ele já chegou com prazo de validade.

Com toda sinceridade, a hierarquia sempre deve ser respeitada, mas o que o Ganso fez com o Osvaldo de Oliveira foi de extrema importância para a sobrevivência do Fluminense. Foi feio, mas foi necessário já que a diretoria não parecia disposta em demitir o treinador. Pois é, Osvaldo de oliveira foi embora, mas o presidente Mário Bittencourt resolveu apostar no Marcão. Na época cheguei a comentar aqui que seria uma tremenda prova de fogo para o ex-camisa cinco tricolor. Confesso que cheguei a temer pelo pior. 

Era óbvio que a questão política elevaria ainda mais o nível de pressão sobre o trabalho do Marcão. De fato, elevou. E muito. No entanto, Marcão resistiu. E teve o mérito de manter o grupo unido. É importante destacar a postura do elenco, que, mesmo com salários atrasados, lutou o tempo todo.

Ainda sobre o Marcão, acho que o grande mérito dele foi o de resgatar o lado positivo da proposta de jogo do Fernando Diniz, mas com uma responsabilidade defensiva maior. A entrada do Yuri, por exemplo, deu o equilíbrio necessário ao time. Não à toa, o time passou a sofrer bem menos gols.

Sendo assim, não acho que o trabalho do Marcão tenha sido desastroso como muitos por aí apontam. O aproveitamento foi de 53%. contra 26,7% do Fernando Diniz e 38% do Osvaldo de  Oliveira. Ele errou em algumas decisões e deixou a desejar no quesito leitura de jogo, mas isso também acontece até com os grandes treinadores. O Gallardo, do River Plate, na final da Taça Libertadores deste ano é um grande exemplo disso. Portanto, segue aqui o meu humilde “Obrigado, Marcão!”

Sobre a vitória na Arena Corinthians, o Fluminense realizou um excelente primeiro tempo. O time mostrou leveza e até desenvoltura para articular as jogadas e muita firmeza na defesa. Destaque para o Evanilson, que mostrou ser um autêntico camisa nove nos dois gols marcados. Na etapa final, o time sentiu o costumeiro cansaço, sofreu um gol e por pouco não cedeu o empate. Porém, no final das contas, o time conseguiu segurar a vitória.

É isso, galera. Fim de papo, mas só no campo. Fora das quatro linhas, o Explosão Tricolor não descansará. Passaremos por algumas mudanças estruturais, mas sem abandonar a essência de jogar sempre com a verdade. Não faltarão assuntos para debatermos e cobranças para realizarmos. De qualquer forma, fica a pergunta: “Como será o amanhã?”

Forte abraço e ST

Vinicius Toledo 

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