Derrota para o Palmeiras, gol perdido por Gabriel Teixeira, queda de rendimento de Kayky e muito mais: leia a entrevista coletiva de Roger Machado




Roger Machado (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Roger Machado concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o Palmeiras

Após a derrota do Fluminense por 1 a 0 para o Palmeiras, na noite deste sábado (24), o técnico Roger Machado concedeu entrevista coletiva no Allianz Parque, em São Paulo. O treinador falou sobre o revés sofrido pelo Tricolor, gol perdido por Gabriel Teixeira, queda de rendimento de Kayky, lesão sofrida por Caio Paulista e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Derrota para o Palmeiras

“Gostei do que vi, mas não gostei do resultado, evidentemente. Mas nos dá uma satisfação que jogamos bem, contra o líder do campeonato. Poderíamos ter sorte melhor. Infelizmente não tivemos. Podemos analisar a partida pela questão objetiva, do resultado final: fomos derrotados fora de casa pelo líder do campeonato. Mas analisando do ponto de vista da subjetividade, da qualidade, do conteúdo do jogo que conseguimos fazer em boa parte da partida, me fica uma impressão muito clara que produzimos muito bem, conseguimos controlar um adversário forte, de característica bem particular, contundente, e que no dia de hoje não conseguiu criar, pois conseguimos marcar bem na maioria das vezes. Tivemos nossas oportunidades, mas não conseguimos concretizá-las. Talvez, tranquilamente, no 1º tempo poderia ter acabado 2 a 0 para a gente e a partida assumiria outro panorama no 2º tempo.

Fica a frustração muito grande em razão do que produzimos, do que taticamente e tecnicamente produzimos. Mas a eficiência não foi suficiente para que transformássemos essas oportunidades em gol. Objetivamente o resultado foi 1 a 0 contra, mas a análise subjetiva nos deixou, de certa forma, contente pelo que produzimos. Mas frustrados pelo resultado da partida.”

Gol perdido por Gabriel Teixeira

“No Estadual, o Biel fez um gol parecido, em que o goleiro vinha deitado e ele empurrou a bola pelo alto. Ali, talvez ele não tenha levantado a cabeça para ver que o jogador do Palmeiras deitou no chão para interromper a trajetória da bola. Mas só erra quem está ali para decidir. E a liderança está aqui para passar confiança para os atletas, porque na próxima vez a bola vai entrar.”

Elogios ao Palmeiras

“Sabemos que o Palmeiras não é líder por acaso. No 1º momento de um pouco de desencaixe defensivo, eles conseguiram uma profundidade, que é característica da equipe deles entre o zagueiro e o lateral. Ela conseguiu acontecer e não conseguimos interromper esse evento.”

O que fazer para melhorar?

“O que temos que fazer é trabalhar mais. Sabemos que ali é muito mais confiança do que trabalhar gesto, porque tudo aconteceu certinho.”



Saída de Caio Paulista foi determinante para a derrota?

“Não diria que foi determinante, nem diria que o 2º tempo foi tão diferente do 1º tempo. Porque o Palmeiras, depois que conseguiu seu gol pelos 10 minutos, passou a nos contra-atacar. Tivemos o controle da bola, tivemos oportunidades diferentes do que havíamos criado, porque eles botaram muitos jogadores na entrada da área e passamos a entrar pelos lados. Claro que a ausência do Caio, no ritmo da partida e característica de seu jogo, e na fase que ele está, é sempre sentida. Mas o Luiz entrou bem.”

Lesão de Caio Paulista preocupa?

“O que nos preocupa é para a sequência. Não sabemos de fato o que aconteceu. Tem que esperar para fazer o exame. Acho prematuro fazermos qualquer tipo de avaliação. Mas é uma perda que nós sentimos, porque nosso grupo não é um grupo extenso com jogadores com essas características. Em função disso, já programei a vinda do Martins, que tem nos ajudado quando fazemos a alternância dos times no Brasileiro. E em uma eventualidade ele se junta a gente.”

A volta de Caio Paulista pode ter agravado a lesão?

“Foi uma jogada meio estranha. Achei até que ele tinha tomado um chute quando ele se virou. Mas o médico relatou que ele disse: ‘Não senti puxar, senti só um estalo, como se fosse de articulação, vou tentar voltar’. Quando ele voltou, manifestou rapidamente que não tinha condição de continuar mais. Foi a decisão de momento. Mas pelo pouco tempo que ficou em campo, não acho que possa ter agravado alguma coisa eventualmente.”

Entradas de Cazares e Ganso

“O Cazares entrou com a missão de jogar mais dentro do bloco, receber essa bola, como muitas vezes recebeu, e municiar os jogadores à frente. Depois eu coloquei o Ganso como segundo volante para que pudéssemos empurrar os dois laterais ao mesmo tempo para o campo de ataque, para que pudéssemos ter mais jogadas laterais na medida que o Palmeiras congestionava todo seu centro do campo. A ideia foi essa. E na minha opinião ela funcionou relativamente bem. Passamos a ter o controle do jogo, sofremos um pouquinho nos contra-ataques, mas tivemos o controle. Erramos em algumas tomadas de decisão de tentar insistir com essa bola pelo meio, sendo que tínhamos que abrir, fazer ultrapassagem e pesar na área para fazer oportunidade de gol efetivamente.”



Possível retorno de Luccas Claro para o jogo contra o Criciúma

“O Luccas sentiu alguma coisa durante a semana, fez um exame e apareceu um pequeno edema. Para esse jogo ficava muito em cima e corríamos o risco de, aí sim, perdê-lo para a partir de terça. Ele tratou e se soma à gente amanhã e, se tudo ocorrer bem, está liberado para terça-feira.”

O que foi trabalhado durante a semana livre?

“Parte da semana usamos para recuperar os atletas, mas também trabalhar algumas movimentações, que pude ver hoje, que geraram espaço. As movimentações dos pontas, principalmente o Biel, que tem uma capacidade de flutuar mais que o Caio, que é um jogador mais agudo, um ponta. Nossas saídas lá de trás, com um volante lateralizado, com o Martinelli rompendo o meio. Essas coisas foram nítidas no 1º tempo. Foram situações trabalhadas na semana, mas que já vêm sendo trabalhadas no decorrer do ano e estão dentro dos atletas.

O que procuramos trabalhar na semana foi muito mais controles básicos, movimentações básicas, de controle de transição, de preenchimento de área defensiva e ofensivamente, controlar o contra-ataque do adversário. Isso trabalhamos um pouco mais. Mas uma semana contra 25 semanas sem trabalho ainda falta muito. O que falei com os atletas foi que, daqui para frente não teremos mais semanas cheias se passarmos de fase nas competições que estamos. Mas tudo o que os atletas precisam do modelo já está dentro deles. E, por vezes, uma semana cheia é usada para descansar a cabeça, muito mais do que ganho de porte físico, porque a partir dessa semana do ano não haverá tanto ganho substancial.”

Força máxima nos próximos jogos

“A ideia é irmos com força máxima sempre que possível a partir de agora. Tivemos uma janela até o último jogo da classificação contra o River mais o jogo do São Paulo, que foi o primeiro do Brasileiro, em que fizemos 12 jogos na sequência e que depois tivemos uma queda de rendimento porque, emocionalmente, havíamos conquistado aqueles objetivos imediatos, e voltamos de novo a uma sequência forte. Fim desse mês e de agosto são decisivos em nossas aspirações nas competições. São semanas eliminatórias, se encerra o 1º turno do Brasileiro, e vai determinar tudo o que se desenrolar daqui para frente. A partir de agora, a ideia inicial é que a gente vá com força máxima, para pegar essa janela forte, começando pelo jogo de hoje, até o fim do mês que vem.”

Queda de rendimento de Kayky

“É um processo natural. Se dá passos à frente e passos atrás. No caso dele, ainda há a questão que ele permanece conosco, mas daqui a cinco, seis meses se transfere para seu novo clube. E é muito difícil para um jogador jovem conseguir assimilar tudo isso e tudo o que está acontecendo na sua vida e conciliar com a responsabilidade de defender o clube que o projetou. Naturalmente haverá oscilações. Todos nós, de alguma forma, em algum momento, vamos nos deslumbrar um pouco. A diferença é quanto tempo alguns ficam dessa forma. Uns, pouco tempo, outros, um pouco mais. E por vezes a carreira passa e não conseguimos visualizar efetivamente.

Mas o Kayky tem se esforçado muito, tem trabalhado bastante para retomar seu melhor momento para poder nos ajudar. Precisa evoluir em alguns aspectos, que já conversei com ele que serão importantes para ele agora, mas que serão muito mais importantes para ele acelerar o processo de adaptação no novo lugar. Mas entendo que ele ainda tem motivação para estar aqui. E enquanto isso acontecer, ele vai continuar procurando espaço e à medida que for necessário, vamos o utilizando.”

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Por Explosão Tricolor

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