Dirigentes do Fluminense se reúnem com prefeito do Rio de Janeiro para discutir venda do potencial construtivo das Laranjeiras






Reunião realizada na última terça-feira contou com dirigentes do Fluminense e personagens da política do Rio de Janeiro

Na última terça-feira, o presidente Mário Bittencourt e membros da diretoria do Fluminense, entre eles o ex-atacante e diretor de planejamento Fred, participaram de uma reunião com personagens da política do Rio de Janeiro, como o prefeito Eduardo Paes e o presidente da Câmara dos Vereadores, Carlo Caiado. A informação é do site GE.

O encontro serviu para estreitar laços antes de avanços no projeto de reforma e modernização da sede das Laranjeiras, onde fica o Estádio Manoel Schwartz. Também está em pauta usar a venda do potencial para incrementar obras e construir instalações no CT Carlos Castilho.

Há expectativa de reunião técnica na Prefeitura do Rio de Janeiro na semana que vem. Publicamente, o Fluminense ainda trata com reserva do assunto. Já houve estimativa de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões levantados, mas os valores ainda não são concretos e dependem do andamento do projeto. A intenção é de que o Projeto de Lei, nos moldes do que foi feito com o Vasco para a reforma de São Januário, seja levado para a Câmara de Vereadores do Rio até o fim do ano.

– Mário já vinha sinalizando há algum tempo que queria não só terminar o projeto do CT, mas também modernizar Laranjeiras – contou Carlo Caiado, presidente da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

O vice-presidente de projetos especiais do Fluminense, Ricardo Tenório, é um dos entusiastas do assunto e quem trata do tema nas Laranjeiras. O Fluminense trabalha para elaborar os detalhes técnicos para dar sequência às discussões, como projeto executivo, os custos e os locais a serem contemplados com a venda do potencial construtivo.

O que é o potencial construtivo?

A sede do Fluminense é um espaço tombado como patrimônio cultural do Rio de Janeiro desde 1998. Isso significa que a fachada externa não pode ser modificada e que não é permitido fazer qualquer construção na região delimitada pelo tombamento. Ou seja, por mais que tenha espaço e permissão no Plano Diretor da cidade para nova construções na sede tricolor, não é permitido erguer nada novo por ali e o que está lá precisa ser preservado.

Dessa forma, a área total da sede de Laranjeiras não tem tantas construções quanto poderia ter. É aí que entra o conceito do potencial construtivo. De acordo com o Plano Diretor do Rio de Janeiro de 2001, a área total possível para o Fluminense construir na sede seria de cerca de 175 mil metros quadrados, mas apenas aproximadamente 25 mil m² são aproveitados de fato pelo clube. Dessa forma, sobram 150 mil m². Essa é a área que deve ser negociada.

Já que não pode construir nada nas Laranjeiras, o Fluminense e a Prefeitura vão negociar um acordo para que esse potencial de construção seja transferido para lugares da cidade que ainda possibilitem crescimento e expansão. Se existir um empreendimento de 20 mil m² para um condomínio no Recreio, por exemplo, a imobiliária pode negociar com Fluminense e Prefeitura a possibilidade de comprar mais 20 mil m² de potencial construtivo do clube para que esse suposto condomínio tenha o dobro do tamanho e se torne mais rentável e atrativo.

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Por Explosão Tricolor

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