E aí?






Com toda sinceridade, não esperava nada de diferente do que ocorreu no Allianz Parque. Para falar a verdade, o placar de 3 a 0 para o Palmeiras ficou barato. Se não fosse o Muriel, a porrada seria ainda maior.

É até perda de tempo comentar sobre o jogo. O máximo que dá para falar é que o Tricolor até cercou um pouco durante o primeiro tempo, mas o problema crônico da última bola pesou bastante na hora do acabamento das jogadas. Logo após o intervalo, o Palmeiras só precisou correr uns dez minutos para resolver a partida. No restante, os caras nem forçaram.

A discussão de agora em diante é a de saber como o Fluminense poderá escapar do rebaixamento. Matematicamente falando, é possível sair já na próxima rodada, mas na prática, o time não sinaliza o apetite necessário. Infelizmente, o elenco é esse aí. Milagre não dá para fazer, mas é necessário reconhecer suas próprias limitações para não quebrar a cara. O time tem dois sérios problemas: recomposição e última bola. Isso já era comentado aqui neste espaço desde a época do Fernando Diniz.

Considerando o atual elenco, logo de cara, eu encerraria com essa formação de três atacantes. Com Ganso e Nenê no meio, não dá para sustentar essa loucura. Tentaria improvisar o Frazan na cabeça de área com o Allan como segundo volante. Sendo assim, avançaria o Ganso para ajudar o Nenê na armação. No ataque, Yony González e João Pedro.

Outra alternativa seria a de apelar para o velho 3-5-2 de guerra. Considero essa hipótese, pois a única vez que o Gilberto atuou decentemente foi como ala. No desespero, acho válido tentar.

Espero queimar minha língua, mas o Oswaldo de Oliveira não parece ser o cara capacitado a tirar o Fluminense dessa situação. Por mais que o elenco seja fraco, ele não é pior que os do Botafogo, Vasco, Chapecoense, CSA, Avaí, Fortaleza, Ceará e Goiás. Portanto, a gestão de futebol também tem que ser cobrada. O que faz o Paulo Angioni no Fluminense, que tanto é idolatrado pela turma da chapa branca? E o Celso Barros, que trouxe o aposentado Oswaldo de Oliveira? E aí, presidente Mário Bittencourt? Algo tem que ser feito para ontem. 

O Fluminense precisará de muita força, gols e sorte para sair dessa situação, mas também precisará de uma gestão de verdade, que meta a cara para a torcida sem ter medo de encarar o drama atual.

Vinicius Toledo



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