É ou não é o fim dos tempos?






O primeiro tempo do Fla-Flu foi uma das experiências mais terríveis que já vi na minha vida de torcedor. Infelizmente, vi um Fluminense muito inferiorizado, medroso e bagunçado. Não à toa, o Flamengo colocou a equipe tricolor na roda.

Confesso que deu vontade de jogar o celular na tela da TV. Me senti humilhado pra cacete. A revolta foi tão grande, que a cabeça explodiu antes do intervalo. Uma violenta dor de cabeça. Nessas horas, a gente até faz uma reflexão sobre até que ponto vale a pena ainda se estressar.

É claro que o sentimento da paixão jamais sairá de dentro de cada um de nós. Porém, é perigoso mergulhar de corpo e alma em algo que parece cada vez mais irreversível.

O Fluminense foi humilhado. Inclusive, o Flamengo tirou o pé do acelerador no segundo tempo. No entanto, mesmo sem acelerar, os rubro-negros poderiam ter enfiado um sacode.

Há quem acredite que o Flu jogou bem no segundo tempo. O próprio Odair Hellmann teve a cara de pau de falar isso no pós-jogo. Piada! Por falar no técnico, ele tem uma parcela de culpa. No entanto, não vou jogá-lo na fogueira sozinho.

Independentemente de quem esteja à frente do comando técnico, é difícil realizar algo decente quando se tem um elenco limitado. E aí, a responsabilidade tem que ser da diretoria. A mesma que afronta a torcida de diversas formas. Seja afirmando que quem nunca deu dois treinos na vida não pode opinar de nada. Ou dizendo que o torcedor não gostou de perder o seu melhor jogador, mas que também o próprio torcedor não assina cheque.

Para fechar o pacote de humilhação, um empresário de futebol também tirou onda com a cara da torcida. Não basta ganhar alguns milhões em cima do Fluminense. Tem que pisar. E com requintes de crueldade. Porém, ele está defendendo o dele. Ou seja, errado é quem abre as portas do clube para uma figura dessa e ainda diz “Sim, senhor!”.

É ou não é o fim dos tempos?

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo