Em texto, jornalista Wanderley Nogueira, da Rádio Jovem Pan, exalta posicionamento do Fluminense em relação às vacinas da Conmebol: “Valorizou a empatia”

Jornalista enalteceu a decisão do Fluminense de recusar as vacinas disponibilizadas pela Conmebol

Em entrevista concedida ao programa “Seleção SporTV“, na tarde da última quinta-feira (06), o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, revelou que o Tricolor não utilizará as doses da vacina contra a Covid-19 disponibilizadas pela Conmebol. ­­­Em seu blog no site da Rádio Jovem Pan, o jornalista Wanderley Nogueira publicou um texto enaltecendo o posicionamento do mandatário tricolor. Leia a íntegra abaixo:

“O Fluminense já informou que quando for oferecida pela Conmebol a vacinação contra o Covid, não vai aceitar.

A Conmebol está oferecendo o imunizante para jogadores, treinadores , árbitros e funcionários.

A entidade recebeu 50 mil doses da vacina, via Uruguai.

Os fabricantes só vendem para países e o pais serviu de intermediário…

A declaração do presidente Mário Bittencourt, ao SporTV , marcou um ‘golaço’ para o clube do Rio de Janeiro:

‘Extraoficialmente, nos foi informado que isso aconteceria, que seria oferecido – não obrigado – à nossa equipe ser vacinada. Teríamos que sair do Brasil para vacinar, porque a vacina não chegaria ao Brasil. Eu fui absolutamente contra. Acho antipático com o mundo, especialmente com o povo brasileiro. Estamos com um controle enorme, fazendo exames de dois em dois dias, extremamente seguros, dentro do possível. Eu acho que tem muitas pessoas na nossa frente que precisam ser vacinadas. Acho que a gente pode esperar.’

Ele usou ‘antipático’ mas poderia usar insociável, no mínimo.

A Conmebol deveria ter percebido que o seu ato de proteção (opcional) aos participantes de suas competições cria protegidos e preteridos.

Além disso, todos os países filiados a ela, enfrentam grandes dramas com a falta de vacinas, a demora no processo de vacinação e a contagem de vítimas fatais, é constante.

Esse é um exemplo pronto de ‘fura fila’.

O dirigente do Fluminense sabia que seu clube seria visto como a mesma indignação que uma pessoa sente quando alguém ‘corta’ a frente de outra numa fila.

Óbvio que numa escala muito maior.

O Fluminense não foi indiferente.

Valorizou a empatia.

Compreendeu o sentimento da outra pessoa, imaginando-se nas mesmas circunstâncias.

Nem todos farão o mesmo…”