Encontrar um time base para reencontrar o futebol do Fluminense




FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

Encontrar um time base para reencontrar o futebol do Fluminense (por Lindinor Larangeira)

Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Martinelli e Paulo Henrique Ganso; John Arias, Germán Cano e Keno. No dia 4 de novembro do ano passado, esse time entrava em campo e na História. A escalação da equipe que conquistou a Glória Eterna ficou na cabeça, na memória e no coração da nossa torcida. De tão conhecida, poderia ser recitada por torcedores de outros clubes de todo o continente.

Essa base, que jogava o futebol mais encantador da América do Sul, naquela partida épica ainda contou com as participações de Guga, Marlon, Diogo Barbosa, Lima e John Kennedy. Os laterais suplentes, por pouco não se tornaram heróis do título inédito, feito que ficou com o moleque de Xerém, JK. A taça está no belo museu das Laranjeiras e a conquista saiu do campo para entrar na história.Por tudo isso, o ano de 2024 parecia promissor. Mas mesmo com outra conquista inédita, a Recopa Sul-Americana, a temporada está muito abaixo das expectativas, até dos tricolores mais pessimistas.

A questão inicial para tentar entender o Fluminense de 2024 é simples: temos um time base neste ano? Creio que para a esmagadora maioria de nossa torcida, a resposta é não. Ou será que alguém pode dizer quais são os atuais 11 titulares?

Do time campeão da Libertadores, apenas Nino era uma baixa já sabida. Uma enorme perda, é verdade. Um dos pilares do nosso modelo de jogo, por ser um dos responsáveis pela saída de bola, além de nosso melhor zagueiro na recomposição defensiva. A saída do capitão pedia uma reposição. Se não do mesmo nível, no mínimo, alguém que viesse para ser titular. Nunca uma aposta.

Faltou planejamento. Não somente nesta questão, mas nos critérios das contratações. É quase um consenso, que apenas Marquinhos mostrou serviço.

Quando um planejamento se mostra equivocado, correções de rota devem ser feitas. Isso é papel da direção.

Outro aspecto importante para os desequilíbrios deste ano tem sido a atuação do Sobrenatural do Almeida. Samuel Xavier, André e Keno, jogadores fundamentais, sendo o volante outro pilar do modelo de jogo, afastados por contusões, que têm sido uma constante.

Profissionalismo também entra nesse combo. Indisciplina deve ter a devida punição, sempre com o tratamento que traga o melhor resultado para o clube e o melhor aprendizado para o atleta.

As escolhas do nosso treinador. Principalmente algumas improvisações, que a realidade tem demonstrado equivocadas. Apesar do problema de um cobertor curto na zaga, opções existem em outros setores. Assim, a definição de um time base é um dos caminhos para retomar o bom futebol.

Por fim, como cada torcedor tem a sua escalação particular, com os jogadores disponíveis, ouso fazer a minha (titulares em negrito, com opções entre parênteses): Fábio (Vitor Eudes, Felipe Alves) Guga (Justen), Felipe Andrade (Thiago Santos), Felipe Melo (Manoel – Antonio Carlos) e Marcelo (Alexsander, Diogo Barbosa); Martinelli (Felipe Andrade) e Alexsander (Martinelli); Arias – na direita (Marquinhos, Lucumi), Ganso (Renato Augusto, Terans, Lima, Arthur) e Marquinhos (Douglas Costa, Lima, Isaac); Cano (JK – que seja devidamente punido e reintegrado, Kauã Elias).

Teríamos um 4-2-3-1 com variações e possibilidades de rodar o elenco em algumas partidas. Dito isso, mantenho a minha confiança em Fernando Diniz, que, apesar disso deve ser cobrado sim. Nossa diretoria, que, usando uma expressão que ouvi nesses dias, parece “fazer a egípcia”, também não pode ficar isenta de cobrança.

PS1: Vibrei demais com o gol de centroavante raiz do moleque João Neto, nesta quinta-feira, na querida Maceió. Sucesso, garoto!

PS2: Falando em garotos, o promissor Agner já foi incorporado ao elenco?

PS2: Medo desse jogo de sábado… Hulk, Paulinho, Scarpa e Arana é um quarteto de respeito.

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