Mário Bittencourt minimiza jejum de títulos do Fluminense: “Já tivemos momentos muito mais dolorosos”




Mário Bittencourt (Foto: Reprodução / FluTV)



Fluminense completará dez anos sem títulos considerados importantes

Com as eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil, o Fluminense deverá fechar 2021 novamente sem títulos. O Tricolor ganhou a Primeira Liga em 2016 e tem como última conquista anterior o Campeonato Brasileiro de 2012, ainda na época da Unimed. O jejum tem incomodado a torcida tricolor.

Próximo de chegar ao fim de sua segunda temporada completa à frente do Fluminense, o presidente Mário Bittencourt comentou sobre a situação em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (17). O mandatário minimizou o jejum e lembrou que o Tricolor já enfrentou períodos muito mais difíceis. Ele ainda ressaltou que o clube das Laranjeiras está passando por um momento de reconstrução.

– Em que pese as pessoas consideram que não foi um título, mas eu considero, o Fluminense ganhou a Primeira Liga em 2016. Não era nem minha gestão. Eu considero um título importante, era um movimento de mudança no futebol brasileiro e quando entro na Sala de Troféus ela tá lá. O Flu foi campeão brasileiro em 2012, em 2013 teve um ano muito ruim, quase caiu, mesmo com muito investimento. No ano seguinte, já com a saída do investimento (Unimed), ficamos em sexto no Brasileiro. Em 2015, fomos até as semifinais da Copa do Brasil. Em 2016 ganhamos a Primeira Liga. E de lá para cá, concordo que o clube deixou de ser protagonista. Brasileiros de 2017, 18 e 19 o clube sempre ficou na segunda página do Brasileiro. E disse sempre que nosso objetivo era voltar à primeira página do Campeonato Brasileiro.
– Os mais jovens que pegaram aquele momento de três, quatro anos – o patrocinador ficou 15, mas só fez grande investimento em três quatro -, vale lembrar que o Fluminense já teve momentos no passado muito mais dolorosos que esse que estamos vivendo. O Fluminense ficou de 1984 a 2007 sem ganhar um campeonato nacional. O Fluminense nos anos 1990 foi ao fundo do poço, à Série C. Ficou de 1985 a 1995 sem ganhar um estadual. E mesmo de 1995 a 2005, também teve momento de enorme dificuldade, brigamos contra o rebaixamento por diversas vezes, mesmo com grande investimento. Em 2008 quase caímos porque estávamos focados na Libertadores. Em 2009 também, mesmo com um time com Conca, Mariano, Fred, Maicon, Alan… Por que falo isso tudo? Porque é a história da instituição, é cíclica, passa por bons e maus momentos.
– Por que trabalhamos com uma gestão de estabilidade? Porque entendemos que pegamos o clube muito perto de voltar para aquela fase tenebrosa. E criamos estabilidade para que o clube tenha perenidade e volte a ganhar títulos em breve. “Ah, mas se não for na sua gestão?”. Não há problema nenhum, pode ser na próxima. Nosso arquirrival (Flamengo) teve uma gestão de recuperação financeira, de estabilidade e hoje está colhendo os frutos. Eu estou aqui de passagem para fazer com que o Fluminense possa colher os frutos. E é por isso que não podemos sucumbir aos momentos de derrota, de tristeza. Precisamos absorver as críticas, mas precisamos reconstruir o Fluminense.
– O Fluminense já se reconstruiu algumas vezes. Vou citar um presidente que muitos não conhecem, o Fabio Egypto, que foi presidente na década de 1980. Ele foi presidente logo após o tri carioca e o título brasileiro. Ele até hoje é criticado por não ter ganhado nenhum título. Mas como advogado trabalhista eu posso te afirmar que a gestão dele saiu sem um real de dívida. Ele preparou o Fluminense para a gestão seguinte, que, infelizmente, não foi bem feita, que levou o clube, dez anos depois à terceira divisão. Mas ouço críticas enormes a esse ex-presidente, que não conheço, não é meu amigo. Se quem tivesse vindo depois tivesse mantido o trabalho austero e montado um time de futebol, teríamos feito uma década de 1990 muito melhor. Ele aproveitou o momento de títulos, fez algumas vendas, botou dinheiro no caixa e colocou o clube zerado para o clube recomeçar o caminho de vitórias. Quem veio depois não soube aproveitar.
– Pegamos o clube com R$ 700 milhões em dívida e já pagamos mais de R$ 150. Estamos preparando o clube para o futuro. Queremos ganhar títulos? Claro. E cada dia mais somos mais competitivos. Chegamos em duas finais seguidas de estadual, daqui a pouco conseguimos vencer. Queremos repetir a Libertadores ano que vem, chegar longe na Copa do Brasil, disputar G-6 do Brasileiro. Isso é reconstrução, leva tempo. Eu sei que é difícil, que as pessoas são impacientes, mas nós que estamos aqui dentro precisamos manter o clube estável.

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Por Explosão Tricolor

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