Nome não ganha jogo




Thiago Neves chegou ao Flu em 2007 como um desconhecido (Foto: Divulgação)
Thiago Neves chegou ao Flu em 2007 como um desconhecido (Foto: Divulgação)

O título desse texto é o que penso sobre futebol e, principalmente, sobre o Fluminense. Ano após ano, assim que surge uma carência no elenco, escuto e leio muitos tricolores pedindo uma reposição de peso. Mas qual é o nosso conceito de peso?

Se partimos da premissa que esse “peso” se refere a fama do jogador, adquirida pelo que já fez na carreira, acho que estamos errando na hora de cobrar a diretoria. Primeiro que não somos Real Madrid, PSG e outros clubes ricos pelo mundo. Fluminense pós-Unimed é uma instituição com sérios problemas financeiros e que não pode investir em jogadores renomados em fase final de carreira, pois não terá retorno financeiro.

Outro motivo para não contratar jogadores renomados é que quando aceitam voltar para o mercado brasileiro é porque estão na descendente em suas carreiras. Todos os reforços de peso contratados pelo Fluminense nos últimos anos se encaixam nessa definição.

Para complementar meu raciocínio, vamos usar a posição mais crítica do futebol brasileiro: “camisa 10”. Como tenho pouca idade (25), vou lembrar alguns nomes que fizeram sucesso no meio de campo tricolor nos últimos anos e que não eram “nomes de peso”:

CARLOS ALBERTO: Cria da base

ROGER: Cria da base

CÍCERO: Veio sem alarde junto com o Soares, os dois oriundos do Figueirense.

THIAGO NEVES: Oriundo do Paraná Clube.

CONCA: Veio do Vasco após temporada irregular.

MARQUINHO: Veio do Figueirense.

VINÍCIUS: Veio do Náutico.

GUSTAVO SCARPA: Cria da base.

O que quero mostrar com essa lista é que, contando ou não com a grana da antiga patrocinadora, alguns jogadores sem badalação deram conta do recado. Alguns dos citados vieram da base e outros foram contratados sem alarde, o que mostra que não se tem garantia quanto ao rendimento dos jogadores que o Fluminense contrata. Seja famoso ou anônimo.

Basta olhar para o atual time do Fluminense e perceber que a maioria dos jogadores renomados não estão rendendo. Pode se observar nos jogadores um declínio técnico e físico preocupantes em atletas perto da aposentadoria e com baixíssimo valor de mercado. E com contratos longos renovados que dão a ligeira impressão de camaradagem dos nossos dirigentes.

Que o Fluminense saiba construir novas histórias vitoriosas com jogadores novos. Que o rendimento esteja sempre em primeiro lugar na cabeça dos dirigentes e dos torcedores.

Tabelinha:

1- Tenho a impressão que se o treinador do nosso time fosse o Cuca, já teriam sido afastados a maioria dos atletas renomados e um time de desconhecidos. Com raça e vontade descomunais. Foi assim em 2009 e deu certo. Fica a dica!

2- Falando ainda de treinadores: O que nosso comandante tem contra o Richarlison? Todo jogo o garoto é substituído. Aí quando sai do clube é aquela chuva de reclamações dos jogadores, que sempre dão a impressão que podiam ter rendido mais. Foi assim no Galo.

3- Proponho ao Fluminense o empréstimo de dois jogadores para fechar o elenco: Canteros (Flamengo) e Allione (Palmeiras). Faria uma troca com os dois clubes oferecendo Osvaldo (não rende no Fluminense, poderia se dar bem no Palmeiras) e Nogueira (Flamengo necessita urgentemente de zagueiros). Em momentos de crise tem que ter criatividade.

4- Falaria sobre a rodada, mas preciso esclarecer uma dúvida: teve jogo do Fluminense em Chapecó? Não vi não. Pelo que eu vi, até entraram em campo, mas jogar que é bom…

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

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