O caminho está traçado




Abel Braga (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)



Tricolores de toda a terra, em primeiro lugar parabéns a todos vocês pelo título. Nós merecemos demais!

Amigos, esta coluna é um verdadeiro clamor ao nosso técnico campeão carioca Abel Braga.

Estamos comemorando de forma justíssima o título carioca, e creio que não só pelo resultado, ou pelo que significou impedir o tetra do Flamengo e um possível tri-vice, mas principalmente por todo o conjunto da obra. Digo isso, porque acredito que encontramos enfim um formato consistente de jogo, e um time titular consolidado.

As experiências no carioca foram importantes para a consolidação do Ganso como o nosso camisa 10 (esse talvez o maior reforço dos últimos anos), bem como para que pudéssemos entender a importância do Yago e do Arias. No caso de ambos fico muito a vontade para falar, pois fui muito combatido por defender a titularidade do primeiro, o que rendeu-me o apelido de Yaguete, rs, bem como defendi a necessidade de iniciarmos as partidas também com o Arias, o que para muitos não era o ideal, sob a égide de que este seria mais útil entrando no segundo tempo com o adversário cansado.

Estou aqui citando jogadores individualmente, mas em uma visão macro, vale ressaltar que o 4-4-2 utilizado no primeiro jogo também despontou como o sistema mais viável que utilizamos, bem como o 3-5-2 da segunda partida da final também foi muito bem sucedido. Mas acho que esses ambos esquemas também foram possíveis devido a três nomes, Yago, André e Ganso. Esses juntos tornaram o esquema viável, mas volto aqui ao 4-4-2, pois vi um meio campo muito mais consistente defensivamente e mais producente ofensivamente com a trinca de volantes Felipe Mello, Yago e André, dando liberdade ao Ganso.

Para a partida de estreia hoje contra o Oriente Petroleiro, já adianto a minha cornetada no Abel, pois não iria no 3-5-2, inclusive pelas características e fragilidades do adversário, uma vez que vejo como mais oportuno consolidar o 4-4-2 dando uma chance ao Nonato nesse meio campo, já que o F. Mello não estará à disposição.

Estou aqui fazendo a defesa enfática do 4-4-2, porque vejo que ganharíamos mais com um meio campo povoado por jogadores com bom controle de bola e saída como André, Yago, Nonato e Ganso, mas também porque não temos alas confiáveis, que possam fazer o corredor com profundidade. Veja, o Calegari embora muito esforçado não é um jogador que vai ao fundo, que apoia tanto, e o Cris Silva é um jogador com inúmeras fragilidades. Devido a isso, creio que seria melhor jogar com uma linha de quatro mais fixa, liberando o meio campo com os quatro homens citados.

De todo modo, espero com toda sinceridade, que o Abel não invente mais, e que pense no Fluminense daqui para frente, como pensou a final, pois encontramos dois esquemas táticos que se mostraram consistentes, encontramos um time titular, bem como entendemos a necessidade de jogarmos sempre em busca do controle da partida e consequentemente da busca incessante do gol.

Na final, Abel não foi o cara que prefere segurar o empate do que buscar o gol e correr o risco de tomar o gol. Abel foi o técnico que entendeu que para vencer um grande e poderoso rival, fez-se necessário, o pressionar, buscar ter a bola para consequentemente ter o controle do jogo. Ah se tivéssemos feito isso contra o Olimpia! Mas neste último caso já foi, agora é pensar para frente e usar esta atuação da final como parâmetro para a sequência da temporada.

Saudações Tricolores!

Leandro Quintella

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Por Explosão Tricolor

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