O carrossel de emoções do Fluminense




Fernando Diniz (FOTO DE LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC)



(por Vinicius Toledo)

Nos últimos quatro meses, o Fluminense viveu as seguintes emoções:

  • Ganhou a Conmebol Libertadores em cima do Boca Juniors dentro do Maracanã;
  • Foi vice-campeão mundial de clubes da FIFA para o poderoso Manchester City;
  • Ganhou a Recopa Sul-Americana em cima da LDU dentro do Maracanã; e
  • Caiu na semifinal do Campeonato Carioca para o Flamengo.

No meio disso tudo:

  • Fernando Diniz foi mandado embora da Seleção Brasileira de forma humilhante;
  • Jogadores curtiram férias, mas atropelaram algumas etapas na preparação por conta da Recopa;
  • A torcida comemorou a Libertadores, ficou frustrada no Mundial, comemorou a Recopa e ficou frustrada com o fim do sonho do tricampeonato carioca; e

Não vou entrar na discussão sobre o planejamento na reta final da Taça Guanabara, que impactou no chaveamento da semifinal.

Não vou falar sobre os jogadores nesse texto. Até poderia apontar, por exemplo, o herói John Kennedy, que mostrou no Fla-Flu pouca mobilidade e lentidão nos movimentos, mas deixarei para outro dia.

E o Diniz? Fuzilou os “bloguezinhos” na coletiva pós-jogo…

“Pois é, todo mundo de cabeça quente. Em outros tempos, eu faria um textão todo revoltado e jogaria pra galera, mas as experiências trazem o amadurecimento, um pouco de sabedoria, equilíbrio, etc… Nessas horas, respiro fundo, solto o ar, analiso o cenário e uso a empatia.

Sendo assim, não entrarei na pilha do Diniz. Gosto do comandante, confio nele. Porém, isso não significa que eu concorde com tudo que ele faça. Quem acompanha o espaço sabe muito bem disso”.

Mas agora quero apenas deixar registrado o seguinte: não adianta criar uma queda de braço ou promover a terrível caça às bruxas. Isso serve para todos os lados.

O Fluminense viveu intensamente os últimos quatro meses. Foram vários tipos de emoções. Não deu tempo para ninguém respirar. Agora é esfriar a cabeça. E isso serve para todos os envolvidos.

Alimentar crise é tiro no pé. A cobrança tem que existir sempre, pois isso aqui é o gigante Fluminense Football Club. Mas é necessário que todos tenham inteligência emocional para não prejudicar a temporada.

O grupo é vencedor, merece um voto de confiança, mas o Diniz e os jogadores também precisam saber aceitar as cobranças, pois isso faz parte do jogo.

É isso.

Por hoje é só.

Forte abraço e ST