O Fluminense e a irritante mania de não fazer gols

A verdade é uma só: se o Fluminense continuar com esse desempenho ofensivo patético, amargaremos, mais uma vez, a zona da pasmaceira do campeonato brasileiro.

O time até começou dando pinta de que faria uma grande partida, tocando bola, com volume de jogo e presença constante na frente. Acontece que a inoperância do ataque tricolor é evidente. Criamos 18 chances, mas não se deixem enganar, esse número é irreal, já que desses 18 lances, pouquíssimos foram de chances claras de gol. Nossa posse de bola tem sido infecunda, já que a pelota fica cruzando à frente da área adversária de um lado para o outro, sem lances mais agudos que possam definir a partida.

Nem o equilíbrio defensivo de jogos anteriores apareceu. Talvez essa ausência tenha sido ocasionada pela substituição precoce de Édson, ainda no primeiro tempo. Por sinal, o Fluminense tomou o gol assim que o camisa 8 deixou o gramado, num cruzamento na área onde a defesa, mal posicionada, deixou o jogador do Sport sozinho para cabecear. Henrique, no lance do segundo gol, foi batido de forma infantil no meio de campo pelo pesado Diego Souza, que carregou a bola como quis antes de tocar na saída do Diego Cavalieri. O Giovani ficou acompanhando o “velocista” do time pernambucano com aquela vontade que lhe é peculiar.

Achei que esse poderia ser o jogo da recuperação do Gustavo Scarpa. Ledo engano. O garoto não vem repetindo as atuações do início do campeonato e seu futebol caiu vertiginosamente. Esta oscilação é comum para jogadores jovens como ele, não é sempre que poderá resolver e por isso venho insistindo há tempos a respeito da necessidade de um meia de criação que tenha cancha. Isso fará crescer o futebol de todo o setor. Precisamos daquele famoso jogador “deixa que eu resolvo”. O cara que todo mundo vai procurar quando tiver a bola nos pés e não souber o que fazer e que, além disso, vai tirar a pressão de cima dos garotos.

Levir achou o resultado do jogo justo e criticou a inconstância do time tricolor. Todos estamos vendo isso, treinador, mas não se esqueça que a responsabilidade de montar a equipe em campo é sua. Mexa! O Fluminense precisa de mais poder de fogo lá na frente. Será que não é a hora de testar o Magnata como titular na referência do ataque e puxar o Richarlison para segundo atacante? O velho Magnata foi um dos poucos que se salvaram no jogo de ontem, junto com o Douglas que vem mostrando cada vez mais solidez na sua condição de titular.

O próximo compromisso do Fluminense é frente ao Santos, jogando como mandante em Cariacica no ES. O alvinegro praiano, treinado pelo ex-técnico tricolor Dorival Júnior, vem de derrota fora de casa para o Atlético Paranaense. O time paulista joga pra frente, no esquema 4-3-3 com variações. Lucas Lima e Ricardo Oliveira estão machucados, sendo que o primeiro tem boas chances de se recuperar até quarta-feira.

Só tenho uma coisa a dizer para o próximo jogo: TREINEM FINALIZAÇÕES ATÉ OS PÉS DE VOCÊS FICAREM DORMENTES. CHEGA DE INCOMPETÊNCIA!

No mais, VENCE O FLUMINENSE!!!        

Pitacos do Toni:

– Perdemos uma chance absurda de encostar no G4. O Sport é um time fraco e conseguimos ser piores do que eles em vários momentos da partida.

– Que esse camisa 10 chegue urgentemente e se puder trazer um camisa 9 finalizador a reboque seria ideal. Eu sei que é pedir muito, mas, quem sabe…

– Se forem confirmadas as ausências de Ricardo Oliveira e Lucas Lima, Gabriel é o jogador que temos de observar com atenção. O jovem atacante é liso e sabe fazer gol. Nada de mano a mano com os nossos zagueiros cintura dura.

– Por falar nisso, Pierre recuperado de lesão é um perigo. Vai que o Levir Culpi inventa de voltar com ele pro time.  

– Cícero não chama a responsabilidade. Não tem jeito, não nasceu pra isso. Se eu fosse o Peter e o Macedo pensaria sinceramente em negociá-lo. Não tem química, jogador insosso e com salário alto.

– Estreia apagadíssima do Dudu. Espero que o futebol dele não se limite a esse desastre, senão antes ter ficado com o Eduardo no elenco e ter poupado dinheiro com sua contratação.

– Calleri do São Paulo seria um 9 ideal para o Fluminense. O argentino vai fazer sucesso na Europa.

– Alô diretoria, não adianta comprar time na Eslováquia se não sabe montar elenco aqui, na nossa fuça! ABRE O OLHO!

Toni Moraes / Explosão Tricolor 

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