O Fluminense que eu montaria neste momento




Espírito guerreiro no Mineirão! (Foto: Fluminense FC)
Dá para melhorar o Fluminense (Foto: Fluminense FC)

E lá vai o nosso Fluminense para o seu décimo jogo da temporada. Time pronto? Ainda tá longe disso. Padrão de jogo definido? Sim. Qual? O do canal 100 com direito a musiquinha “Que bonito é…”! Time lento, previsível e pesado.

Não, não estou jogando contra. Somente estou de saco cheio de ver que o Fluminense virou um sonífero tarja preta. Quem aí não tem dado uma cochilada rápida durante os nossos jogos? Toque pra lá, toque pra cá, e nada de objetividade. Contra o Cruzeiro, mérito total para a eficiência do ataque que beirou a perfeição com quase 100% de aproveitamento nas chances que criou.

Para o duelo de hoje, contra o Botafogo, o Eduardo Baptista promoverá novas mudanças. Para alguns, isso é bom, pois mostra que o treinador está tentando reagir, mas na minha visão, isso é terrível! Sim, é terrível, pois gera insegurança no elenco e não dá a chance da sequência ao jogador para que ele tenha a oportunidade de atuar seguidamente, e assim, ganhar o direito de ser avaliado de forma mais justa.

O Léo Pelé, por exemplo, quando entra de titular, só tem tido os primeiros 45 minutos para mostrar serviço. Sempre sai no intervalo e depois fica uns três jogos longe do banco até ganhar uma nova oportunidade entre os titulares. Outro bom exemplo envolve o Pierre e o Edson. Na estreia da Florida Cup, iniciamos com o Pierre. No segundo jogo fomos com o Edson, que acabou permanecendo para a estreia da Primeira Liga e nos primeiros jogos do Estadual. Agora, o Pierre está de volta. 

Essas indefinições do nosso treinador estão ajudando a minar o Fluminense neste início de temporada. Além disso, a falta de visão em não saber explorar as melhores características dos nossos jogadores também é outro fator que merece ser debatido. Já está mais do que provado que o atual esquema não levará o Fluminense a lugar algum. Novo esquema? Já passou da hora. E pelas características do elenco, só vejo duas soluções: 3-5-2 ou 3-6-1. Com que formação?

Esquema: 3 -5 -2 – 1ª opção

Diego Cavalieri (Julio Cesar)

Renato Chaves – Marlon – Henrique

Wellington Silva – Douglas – Cícero – Diego Souza – Gustavo Scarpa 

Marcos Junior – Fred

Esquema: 3 -5 -2 – 2ª opção

Diego Cavalieri (Julio Cesar)

Renato Chaves – Marlon – Henrique

Wellington Silva – Douglas – Cícero – Diego Souza – Gustavo Scarpa 

Richarlison  – Fred 

Esquema: 3 -6 -1 – 1ª opção 

Diego Cavalieri (Julio Cesar)

Renato Chaves – Marlon – Henrique

Wellington Silva – Douglas – Cícero – Diego Souza – Gerson – Gustavo Scarpa 

Fred

Esquema: 3 -6 -1 – 2ª opção 

Diego Cavalieri (Julio Cesar)

Renato Chaves – Marlon – Henrique 

Wellington Silva – Edson – Douglas – Cícero – Diego Souza – Gustavo Scarpa

Fred

VANTAGENS:

1 – Wellington Silva teria maior liberdade ofensiva para fazer o que mais gosta: atacar intensamente. 

2 – Gustavo Scarpa ocuparia o lado esquerdo do campo, lugar onde ele rende com perfeição.

3 – Fred ganharia mais jogadas pelo lado de campo. 

4 – Henrique poderia fazer a cabeça de área nas ações ofensivas do time para dar maior liberdade ofensiva ao Cícero. 

5 – O Douglas ajudaria o time na transição e ainda cobriria os avanços dos alas.

6 – Diego Souza flutuaria livre no setor de criação e chegaria forte no ataque.

7 – O retorno do Richarlison poderá deixar a formação beirando a perfeição, pois ele tem muita velocidade e sabe fazer gols. No atua elenco, seria o parceiro ideal para atuar ao lado do Fred.   

Acho que o caminho para o Fluminense reagir na temporada está aí nestas formações. O melhor esquema é aquele que privilegia e explora as melhores características dos jogadores.

Aos defensores da continuidade do trabalho do treinador, sugiro que façam uma reflexão sobre a parte tática do trabalho do Eduardo Baptista. Até quando o Fluminense ficará entrando com um time diferente por jogo? A continuidade alegada para que ele permaneça no comando não serve para alguns jogadores? Como fica o entrosamento do time? E o ritmo de jogo de cada jogador? 

Alguns tricolores acreditam no Eduardo Baptista pelo fato dele ser estudioso. Ele pode até ser, mas se não tiver coragem, visão, estratégia e criatividade, não arrumará nada. Se só o estudo fizesse a diferença no futebol, o Ricardo Drubscky não teria treinado somente um clube grande durante os seus quase vinte anos de carreira.

Apoiarei o Eduardo Baptista, a partir do momento que ele sair da sonífera mesmice e mostrar criatividade. Do jeito que está, não dá. Esse Fluminense engessado é horroroso!

Só para deixar registrado: vencer o Botafogo é obrigação. E sem sustos.

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor