Portal relata história do jovem meia Giovanni




Giovanni (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.)



Se por um lado Michel Araújo decepcionou a torcida na árdua tarefa de substituir Ganso no Fluminense, por outro Giovanni Manson animou os tricolores ao estrear na mesma função. Dos sete reforços contratados para 2023, o jovem meia de 20 anos foi o único que estreou antes de dar entrevista e fez sua apresentação em campo na vitória por 1 a 0 sobre o Nova Iguaçu no Maracanã.

Na última terça-feira, no Maracanã, Giovanni entrou no segundo tempo e jogou os 32 minutos finais da partida. No pouco tempo em campo, o garoto mostrou personalidade, arriscou dribles, deu duas finalizações, fez um desarme, sofreu três faltas e errou só um passe enquanto acertou 31. Um deles foi a cobrança de falta na cabeça de Keno, em uma chance clara de gol do Fluminense.

Mas, afinal, quem é Giovanni Manson? Trata-se de uma joia “perdida” do Santos. O garoto chegou para as categorias de base do Peixe com apenas 10 anos e não demorou a fazer sucesso. Foi convocado para as seleções brasileiras sub-15 e sub-17 e chegou a ser artilheiro da Copa Nike International Friendlies em 2017, quando vestiu a camisa 10 amarelinha.

Na base do Santos ele era comparado com o Giovanni “Messias”, que jogou no Peixe e também no Barcelona, da Espanha. Com apenas 16 anos, o garoto já foi convocado para disputar a sua primeira Copinha e fez três jogos no torneio sub-20 em 2019, tendo sido titular diante do São Caetano. Treinador do sub-20 do clube naquela época, Emerson Ballio encheu a bola do jovem:

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– Trabalhei com ele no sub-15, sub-17 e depois no sub-20. Ele ofensivamente era muito inteligente, tinha o drible muito fácil e facilidade de penetrar entre as linhas. Também finalizava bem, embora não fosse o seu ponto forte. Tive que sacrificar ele como um meia mais armador, pois na época não tinha ainda preparo físico suficiente para uma competição como a Copa São Paulo. Jogava também aberto pela esquerda, como se fosse um falso ponta. Tinha muita facilidade – contou Ballio.

Logo depois da Copinha o Santos perdeu sua joia de forma polêmica. Giovanni tinha apenas um contrato de formação até o mesmo ano e nunca chegou a assinar um contrato profissional no clube. Enquanto a diretoria do Peixe alegou ter feito proposta, o staff do jogador negava ter recebido a oferta até surgir o interesse do Ajax, da Holanda.

Sem acordo, o meia saiu em maio e ficou treinando por conta própria até completar 18 anos e poder assinar com o time holandês já em 2020. A transferência inclusive fez o Santos acusar os europeus por um suposto assédio e tentar uma indenização através da Fifa.

No Ajax, Giovanni fazia alguns treinos com a equipe principal e chegou a ser inscrito na Champions League de 2020/21, mas jogava pelo Jong Ajax, time sub-23 do clube. Ao todo, disputou 36 jogos, marcou três gols e deu duas assistências. No primeiro semestre de 2022, foi emprestado ao Telstar, da Segunda Divisão holandesa, e entrou em campo em 16 oportunidades e marcou duas vezes.

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O jovem tinha contrato no Ajax até junho de 2024, mas entrou em acordo para romper o vínculo e voltar ao Brasil, onde recebeu um convite do Fluminense considerado interessante não só pelo jogador, como por seu staff. No Tricolor, ele assinou por um ano, até o fim de 2023, mas com opção de extensão até 2024. E tem sido muito elogiado internamente no dia a dia pela entrega e qualidade técnica. Ele vem treinando como meia, centralizado ou pela esquerda, e de segundo volante.

Emerson Ballio acredita que a volta pode ser benéfica a Giovanni. O treinador de 49 anos, que após deixar o Santos passou pela Portuguesa Santista e pelo Rio Maior, de Portugal, e atualmente trabalha em um projeto de captação de base no Guarujá (SP) enquanto aguarda outras oportunidades, prevê que Fernando Diniz conseguirá extrair o melhor futebol do meia:

– Depois que ele saiu do Santos nunca mais o vi, nem pessoalmente ou pela televisão. Tenho ele no Facebook ainda, mas não sei como está fisicamente. Ele já tinha muito potencial e deve ter ficado mais experiente. E agora trabalhando com o Fernando Diniz então, provavelmente vai se dar bem. Ele sempre foi muito reservado, não dava problemas. Só precisa de confiança, pois é corajoso, parte pra cima.



Por Explosão Tricolor / Fonte: ge

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