Recado dado






Mais uma noite mágica no Maracanã que entrou para a grandiosa história do Fluminense. Não ganhamos um título, longe disso. No entanto, passamos por cima de um outro gigante sul-americano com o chicote na mão. A atuação da rapaziada do Diniz é algo para ser exaltado por todos os tricolores e até mesmo por quem não é tricolor, mas gosta do futebol bonito.

O Fluminense foi avassalador no início do jogo. E o garoto João Pedro só confirmou o que eu vinha falando aqui até mesmo nas derrotas. Por diversas vezes falei que a hora que o time acertasse o acabamento das jogadas, os resultados apareceriam. Não deu outra! O moleque estraçalhou a defesa colombiana.

É claro que o time ainda necessita de alguns ajustes. O lado direito, por exemplo, tem sofrido um pouco nos últimos jogos. Alguns espaços foram dados, em especial, na primeira etapa. Na minha visão, o Fluminense fez o jogo ficar fácil, portanto, a iniciativa de se jogar para o ataque em busca de mais gols era algo esperado. Ou seja, os espaços para o Atlético Nacional-COL apareceriam naturalmente. No segundo tempo, a marcação foi ajustada e os colombianos não encontraram mais esses espaços.

No geral, o Fluminense amassou o Atlético Nacional-COL. O placar de 4 a 1 ficou barato para os colombianos. Sem exagero algum, a partida poderia ter terminado com uma goleada ainda maior, talvez um 7 a 2. Mas não reclamarei nem do pênalti desperdiçado pelo bravo Yony González. Estou muito orgulhoso!

Sobre as individualidades, achei que o time todo foi bem. Destaques para o João Pedro e Allan. O primeiro pelos 3 gols, assistência e personalidade. Já o segundo pelo fato de ter sido um monstro no meio de campo. A dupla gastou a bola diante de quase 29 mil tricolores.

Por falar na torcida, a atmosfera no esquenta pré-jogo já sinalizava que a noite seria mágica. O “tricolor raizão” sabe do que estou falando. A forma que a massa pó de arroz cantou na arquibancada, antes da bola rolar, foi outro sinal de que o dia 23 de maio de 2019 seria histórico. Ainda bem que a Conmebol não tem o poder de cortar o gogó do torcedor e, principalmente, de acabar com a paixão verde, branco e grená que toma conta da alma de cada um de nós. Com muita fé e a alma guerreira, a torcida jogou junto com o time de guerreiros durante os noventa minutos. E quando isso acontece, a coisa fica sinistra para quem está do outro lado. Como diz o tradicional sambão tricolor, “É show no campo, é show na arquibancada”!

A luta continua, mas o recado para a América do Sul foi dado: “Queremos a Copa!”

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo