Santo de casa pode fazer milagre






Santo de casa pode fazer milagre

Buenas, tricolada! Muito se falou sobre as convicções do Fernando Diniz em manter os conceitos e escalações da equipe titular do Flu, insistir com alguns jogadores, etc, mas ele claramente reviu verdades. Mudanças radicais, atuações e volume de jogo dos quatro últimos duelos não nos deixam dúvidas. Nem todos os resultados foram favoráveis, mas o conjunto da obra merece aplausos!

Aí alguns remexem no balaio de fascínio, magnetismo e deslumbramento onde encontram-se os moleques de Xerém, Jotapê e Marcos Paulo! O povo pula nas tamancas, eu, inclusive. Mas até entendo as premissas do nosso treinador. Ele quer preservar a meninada, achou um jeito de atuar que vem dando resultados – assim como dão resultados as entradas dos garotos no decorrer dos confrontos, quer gente cascuda na hora de a onça beber água, o time vem conseguindo encantar, mesmo sem os dois, e outras coisinhas mais.

Contudo, os fatos não mentem: o novo Casal 20 tricolor entra em campo e incendeia os jogos. É pura dedicação, raro talento, incontestável magia. E gols! Ademais o Diniz pode até ter lá a sua razão, e nós torcedores estejamos a colocar a carroça adiante dos burros, mas só teremos certeza, e o próprio Diniz, idem, se eles forem utilizados desde o início.

Eu não prego aqui as substituições de A ou B apenas por simpatia ou antipatia, mas pelo rendimento do time quando estes mesmos A e B são sacados – ou mantidos. Questões de performances pessoais e da própria equipe. Simples assim!

Acho que eu, você, leitor, e todo torcedor, vivo ou morto, percebemos o quão melhor a nossa equipe ficou com as saídas de Aírton, Bruno Silva e Everaldo. Somos mais coletivos, mais time de futebol, e não reféns de envelhecidos brucutus na contenção, que primavam por errar passes de um metro, e menos “everaldodependentes”.

Jogamos o nosso melhor futebol na temporada daquele segundo tempo do confronto contra o Grêmio pra cá. Sem os três. E somente um volante. Coincidências? Não creio! Tais mexidas vinham sendo pedidas por parte da galera e pela mídia de forma veemente e contumaz.

Óbvio que passamos a ficar mais expostos defensivamente, mas, como venho blindando nas colunas do Explosão, entre amigos e demais tricolores, isto faz parte do pacote ofensividade de que sou fã! Levamos sustos? Sim! Mas talvez causemos mais temor aos adversários do que soframos lá na cozinha. Quem se aventurou a encarar o Fluminense de frente, de peito aberto, viu o ceifador bem de perto!

Da mesma forma, há uma grita geral pedindo “um tempo” ao Luciano. Não sou daqueles que defenestra o nosso camisa 18. Ao contrário, acho-o bom jogador, importante, decisivo – por vezes, mas não vive boa fase e por isso não pode ser imexível. Se não vem bem, banquinho nele! Aliás, o Luciano e ninguém nesse elenco atual do Fluminense podem se valer de prerrogativas vitalícias. Talvez, nem mesmo o ínsito futebol tupiniquim permita estas alternativas.

Portanto, rapaziada, as minhas defesas e críticas a determinadas ações do Diniz se dão com bases em meras observações íntimas e opiniões individuais. Outrossim, sempre lembro sobre o respeito aos antônimos. Os pensamentos distintos têm que ser reverenciados e refletidos, mas não necessariamente compactuados.

No mais, que venham Atlético Nacional, pela Sula, Cruzeiro, pela Copa do Brasil, e as outras pedreiras do Brasileirão. Confrontos encardidos, dificílimos, sem prognósticos, mas como venho pregando insistentemente, não temo quaisquer adversários hoje em dia. O atual Fluminense Football Club, de Fernando Diniz, me agasalhou e revestiu desta marra!

Saudações eternamente tricolores!

Ricardo Timon