Sem fugir da dividida, Fred é sabatinado em coletiva. Confira!




Depois de dar show no Fla-Flu do último domingo, Fred concedeu uma entrevista coletiva. O capitão tricolor comentou sobre vários assuntos. E o ídolo não fugiu da dividida na hora de responder sobre algumas polêmicas. Confira abaixo:

Questionamentos sobre sua participação em decisões no clube

– Até entendo algumas reportagens, porque o mundo hoje tem muita corrupção. Às vezes, todo mundo compara o que está pela frente. Comigo não tem nada obscuro, não tem nenhum tipo de interesse, eu sei da minha responsabilidade dentro do Fluminense, sei do respeito que consegui dentro do clube. Em momento algum eu vou trazer toda essa minha história para benefício próprio. Eu sou apenas me responsabilizo pelos gols, sou o capitão do time, o porta-voz. Eu penso: o que está bom para o grupo? O que está ruim? O que eu sentir, eu vou brigar, seja para cobrar, para brigar, para cobrar da diretoria, para defender diante da torcida.

Não existe qualquer tipo de relação (Enderson, Fred, Francis Melo). Não vou usar nada para ser beneficiado no clube. Vou sempre pensar em melhorar o Fluminense. Essas insinuações realmente me deixaram chateado, mas isso me deixa muito tranquilo, porque quem está próximo de mim sabe do meu caráter.

G-4 com surpresas

Muitos clubes disputando a Libertadores, clubes que tem plantel para brigar lá em cima. Sabemos que o início de campeonato é muito importante. Se esses clubes não brigarem lá em cima, vão sofrer menos lá embaixo. Se mantiverem uma boa sequência durante o campeonato inteiro, vão brigar lá em cima. Mérito deles, eles estão bem, só mostra o equilíbrio que é o futebol brasileiro. A gente acaba não achando tão normal, porque são clubes que não tem essa característica geralmente.

Parceria com Gerson

– Não é dúvida (para o jogo contra o Coritiba) não! (risos). Gerson vai jogar. Treinou um pouquinho com a gente. Se treinando muito já jogava, treinando pouquinho vai jogar mais ainda (risos). Estou desfrutando ao máximo desse garoto que tem só 18 anos. Tem qualidade, tem uma cabeça muito boa. E acima de tudo: vontade de ganhar. Se perder, o Gerson fica chateado. É um moleque que já está bem maduro pela cabeça dele. Sabemos que o processo natural hoje no futebol brasileiro é uma saída rápida. Pelo menos até o fim do ano ele vai permanecer com a gente. Ele está fazendo grandes coisas para nós. O clube está dando esse presente para nós, está seguindo firme. É um jogador que está conquistando espaço no coração do tricolor.

Mudança da equipe com a chegada de Enderson

– Enderson chegou com muita personalidade, viu o que a equipe precisava. Nós sabemos que nossa equipe tem qualidade. Tem algumas carências, mas pode voar mais alto. O Enderson teve o timing para perceber isso tudo. O jogo contra o Corinthians foi muito bom, o Fla-Flu foi excelente. É normal dar algumas variadas, mas queremos pensar agora nos jogos em casa para ter uma sequência positiva.

Duelos com Coritiba e Sport 

– Eu queria falar só sobre o Coritiba, que  tem sido uma pedra no nosso sapato há muito tempo. Todas às vezes que o Coritiba vem jogar aqui é uma equipe que se fecha muito. Acho que vai ser um jogo bem truncado, e nós vamos fazer de tudo para fazer o gol o mais rápido possível. Tenho certeza que vai ser um jogo difícil. Estamos embalados. Tenho certeza que a torcida vai lotar o Maracanã e vai nos apoiar.

Período de turbulência já passou? 

– Depende do próximo jogo. Futebol é muito resultado, é muita sequência de vitórias. Eu acho que é muito natural em todo mundo que for falar sobre futebol olhar para cada plantel do Brasil. Todo mundo vai pegar seis ou sete times e falar que podem ganhar o título. Ninguém falava do Fluminense. Acho bom isso, acho super tranquilo. Em 2010, nós não éramos favoritos ao título. Em 2012, entramos só a partir do segundo semestre também. Temos que desenvolver isso, mostrar para todo mundo que podemos chegar. E para isso acontecer, errar menos, vencer os jogos e brigar lá em cima da tabela.

Maior ídolo da história do Flu? 

Não me considero o maior ídolo da história do clube, nem penso nisso. O Fluminense tem uma história linda, muitos jogadores já passaram por aqui. Eu quero é fazer o meu trabalho, não estou nessa fase de pensar no que pode acontecer lá na frente, o que vai ser no meu pós-carreira, quero dar o meu máximo e curtir a todo momento. O mais importante é conseguir ganhar títulos, é isso que mantém todo mundo feliz.

Sequência de jogos no Maracanã

– Eu falei muito antes do jogo que ganhar o clássico é muito importante, que teríamos mais jogos em casa, que somar pontos nos coloca numa condição de olhar para cima na tabela. Olha como é o futebol… ganhamos um clássico do Flamengo, ganhamos moral, todo mundo se dedicando. Agora, vamos jogar contra o Coritiba. Se ganharmos, seremos considerados favoritos. Acho que o nível de dificuldade será igual. Acho que nosso nível de entrega e a qualidade técnica são pontos positivos. Vamos pensar nesses jogos.

Recordista de gols nos pontos corridos do Brasileiro

– Eu não cheguei nem a pensar muito nisso. Falando assim de gols, eu só fiz projeção assim de colocar como objetivo principal mesmo em 2014, e não foi uma coisa que me atrapalhou, foi pelo meu ano, pelas coisas que eu passei. Desde o início da minha carreira, eu sempre quis só fazer gols. Eu não penso: se eu fizer 25 gols, vou ser artilheiro. Se eu fizer mais, melhor ainda. Eu confesso que é uma honra muito grande para mim. De qualquer maneira, fico muito feliz.

Pênalti em Vinícius e expulsão de Giovanni no Fla-Flu

– No lance da expulsão, todo mundo viu que não foi merecido nem o cartão amarelo, e ele nem tinha o amarelo. Procuramos falar com o Sandro (Meira Ricci)… por que o bandeira não deu uma orientação? Foi bem injusto. Complicou bastante, desgastou o time. No lance do pênalti (confira no vídeo abaixo), eu estava há cinco metros do Vinicius, e o empurrão nas costas dele foi muito claro. Foi a minha visão e foi a visão do Sandro. Esse empurrão desequilibra e acaba prejudicando o jogador de fazer o gol.

Eu acho que pode ter acontecido o seguinte: hoje, até nós jogadores procuramos saber dentro do jogo o que a câmera mostrou. Foi pênalti? Entrou? Deixou o cotovelo? O árbitro quando entra no intervalo, alguém pode falar para ele: “Não foi pênalti”. E o árbitro pode querer dar uma equilibrada. Eu não sei se isso aconteceu. Houve uma pressão, muita gente falou que não foi pênalti. Eu não acho que estão fazendo algo para prejudicar o Fluminense, não tenho provas disso, não tenho como afirmar nada.

“Aniversário” do 7 a 1 contra a Alemanha 

– Não tenho como falar que todo mundo esqueceu, porque está na história. Mas depois dessa escuridão que passamos e conseguimos um pouco de luz, isso deixa a gente mais confortado por toda a situação. A Copa do Mundo não foi boa, mas o pior para mim foi o que passei depois da Copa do Mundo. Depois de alguns jogos, o respeito do Fluminense voltou a ser readquirido.

Falta um título internacional?

– A coisa na minha cabeça é sempre ganhar. Degrau, degrau, degrau, ganhar. Pode ser o Carioca, o Brasileiro, a Copa do Brasil, a Libertadores, a Sul-Americana. Se vai acontecer ou não, não sabemos. Mas vamos buscar isso, passo a passo.

Já resolveu a situação com a Unimed?

– Eu tenho algumas coisas para resolver com eles, mas ainda estou aguardando para resolver da melhor forma possível. O contrato continua, tenho contrato ainda com eles e estou aguardando para ver o que pode ser feito. Não tomei nenhuma decisão.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globoesporte / Foto: Fluminense F.C.