Sobre a entrevista coletiva de Mário Bittencourt




Mário Bittencourt (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C)

Sobre a coletiva de Mário Bittencourt (por Lindinor Larangeira)

Minha primeira impressão da entrevista coletiva do presidente Mário Bittencourt, no final da manhã de ontem, foi que o mandatário pareceu surpreendido pela notícia veiculada, momentos antes, pelo jornalista Lauro Jardim, no portal do jornal “O Globo”, dando detalhes sobre um assunto conduzido sem qualquer transparência pela diretoria tricolor: o andamento do processo de possível implantação de uma SAF no Fluminense.

Mário iniciou a entrevista com aquele já tradicional longo pronunciamento, desta vez, focado no tema SAF. Negou que não haja transparência no processo, o que me soou como uma piada. Assinalou que a decisão de aderir ao modelo ou não será decisão dos sócios, como determina o estatuto do clube. E que a decisão sobre quem será o CEO da possível sociedade caberá ao investidor, o que é óbvio.

Mas como “o diabo mora nos detalhes”, o presidente não vê “mal nenhum” em ele ser esse CEO. No caso, não se trata de “mal”, mas de um tremendo conflito de interesses, quando o condutor da operação poderia ser um dos grandes beneficiados por ela. Ilegal? Talvez não. Porém, moral e eticamente indefensável.

Ainda sobre SAF, Mário se julga plenamente capacitado para gerir uma possível sociedade. Pelas reações no chat da coletiva, parece que a torcida, em sua grande maioria, diverge do presidente. A consigna “Fora Mário” foi repetida milhares de vezes durante a transmissão. E, para não ficar em cima do muro, creio que, pela gestão titubeante, somada ao gravíssimo conflito de interesses, pelo menos, neste momento, Mário não tem qualquer condição de conduzir uma futura SAF no Fluminense.

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Em relação ao campo bola, Mano fica. Para surpresa de ninguém. E, por enquanto, os grandes reforços são as saídas de Felipe Melo e, graças a Deus, de Diogo Barbosa. Sobre Felipe, o presidente deixou o agradecimento e as portas do clube abertas.

Reforços não foram citados, somente o interesse por Richarlison, que dificilmente virá. Em minha opinião, o maior reforço para a temporada 2025 seria a permanência de Arias, que, de acordo com o presidente, não tem nenhuma proposta concreta do exterior. Também disse que “não venderia o jogador para o futebol brasileiro”, e que a proposta de contrato por mais quatro anos, com R$ 1 milhão de salário mensal, continua de pé.

Apontou erros de “execução do planejamento” na temporada. Mas não assumiu a responsabilidade maior, jogando no colo da comissão técnica, leia-se, Fernando Diniz. Que o elenco tem que ter uma mescla melhor, com mais juventude e força física. E que a folha vai crescer em 10%, mesmo com as saídas de vários jogadores.

O melhor momento da coletiva foi o agradecimento à torcida. Manter um setor com ingressos populares, seria uma boa forma de gratidão ao torcedor, presidente.

Com a definição do treinador, vamos aguardar quais serão os reforços, que não podem ser poucos.
Feliz Natal!!

PS1: #SAFcomMario CEOnao

PS2: #ForaAngioni

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