Sonolento, Fluminense vence e se classifica às oitavas da Copa do Brasil




Felipe Melo (FOTO DE LUCAS MERÇON e MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC)

Sonolento, Fluminense vence e se classifica às oitavas da Copa do Brasil (por Lindinor Larangeira)

Em ritmo de treino, sonolento e com concentração mental próxima de zero, o Fluminense repetiu o placar do jogo de ida e derrotou o Sampaio Corrêa, na noite de ontem, no Maracanã. A partida me lembrou bastante uma pelada entre casados e solteiros. E das mais desanimadas…

Poucos jogadores do tricolor atuaram com a devida seriedade. Martinelli, como sempre. Seja no meio ou na zaga(?). Antônio Carlos talvez tenha feito a sua melhor partida. Fábio foi um expectador privilegiado. Guga, no mesmo feijão com arroz de sempre. Arias, mesmo abaixo do seu nível, não se omite nunca. Felipe Melo, mesmo cometendo alguns erros, mantém o profissionalismo habitual.

O capitão, aliás, foi melhor na coletiva do que em campo. A resposta sobre a relação de JK com o elenco foi bastante esclarecedora, embora seja criticável, o entrevistado afirmar que “a pergunta não cabe”.
Para quem não viu a coletiva de Felipe Melo, que completou 100 jogos com a camisa tricolor, disse, em linhas gerais, que o elenco apoiava e dava mais uma chance ao atacante, e que ele torcia muito pelo sucesso do jovem.

Você pode até não gostar do Felipe Melo, mas que o cara é um tremendo líder e tem o espírito do vencedor. Isso é inegável.

Sobre o jogo, um primeiro tempo de controle absoluto, que não passou sem um susto: Thiaguinho lançou João Felipe, aos 13 minutos, e o atacante tocou para o gol. Mas o impedimento foi marcado.

Depois, gol de Arias, em jogada padrão Fluminense versão 2023: toque de bola e deslocamentos, até a conclusão, que contou com a colaboração do veterano e bom goleiro Felipe, que falhou no lance. Final, 1 x 0.

No segundo tempo mais um gol. Dessa vez de JK, que me pareceu mais magro e veloz. Também tivemos um novo confronto Felipe x Arias, vencido pelo goleiro, em grande defesa no pênalti cobrado pelo colombiano.

No apito final da melhor figura em campo, a árbitra Fifa, Edina Alves, o alívio pelo término de uma das partidas mais tediosas da temporada. Não por culpa do Sampaio, que merece elogios por ter respeitado o seu torcedor e o público que acompanhou o jogo no estádio, ou na transmissão do canal de streaming, ter tentado jogar, não apelando, em nenhum instante, para a violência.

Já os jogadores do Fluminense, com raras e dignas exceções, em minha opinião, não foram respeitosos com o adversário, com a nossa torcida e com o clube. Pareciam enfadados. Totalmente desinteressados. Loucos para o jogo terminar.

Valeu pela classificação e pelo PIX de R$ 3,465 milhões de premiação.

No mais, mesmo que o Alianza Lima não assuste, é um time bem melhor do que o Sampaio Corrêa. Por isso, o Flu tem que entrar focado, concentrado e jogando com a disposição e a seriedade, que faltaram na partida de ontem.

Que venham as oitavas da CB no caminho do bi!

PS1: “Não tô dizendo que a equipe começou a temporada bem, pelo contrário. Muita instabilidade, fizemos alguns jogos muito abaixo da crítica e a gente tem que ser criticado por isso.”
Fernando Diniz, preciso, na coletiva.

PS2: “No meio da temporada fazemos avaliação se precisamos de alguma peça extra por lesão ou alguma perda por venda. A princípio nesse momento, eu diria que com a chegada do Thiago Silva, se o grupo se mantiver como está, estamos satisfeitos. A não ser que haja alguma grande oportunidade. Nesse momento não falamos sobre nenhum nome específico para a frente e vamos avaliar obviamente com o crivo do Fernando e sua avaliação, mas estamos todos muito tranquilos.”
Mário Bittencourt, mais tranquilo do que a torcida, na coletiva.

PS3: Renovação de contrato até o final de 2025: o trabalho do treinador tem que melhorar muito, por conta da confiança do presidente.

PS4: Se Lucumi foi contratado para não jogar, por que foi contratado?

PS5: Diniz, por que Isaac só entra após os 40 do segundo tempo?

PS6: Terans já é uma contratação comparável a de Robinho. E custando o dobro…