Leo Pelé revela história de preconceito racial que quase o fez desistir do futebol




Leo Pelé emocionou a torcida tricolor após marcar o segundo gol do Fluminense no último domingo diante da Portuguesa. O lateral-esquerdo revelou ao jornal Extra, uma história de vida nada agradável, que acabou servindo de inspiração para que ele continuasse lutando no mundo do futebol. A cor da pele não deveria interferir nestes quase 21 anos de vida de Leo, mas não foi assim quando ele, então um jovem entre 12 e 13, tentou entrar num shopping de Santos. Acabou barrado pelo segurança.

— Ele veio para cima de mim: “Veio aqui para pedir dinheiro, seu pivete? Sai daqui”. Respondi que não, que só queria passar por ali porque do lado de fora era muito escuro — contou o lateral, que viveu dois anos em Santos sozinho (num projeto idealizado por Pelé e tocado pelo também ex-santista Manoel Maria) antes de começar no Fluminense: — Isso é a minha maior inspiração. Foi um momento muito dificil na minha carreira. Quando saí do shopping já pensei em largar tudo. Não passei por humilhação maior na vida do que aquela.

O responsável por ajudá-lo a usar essa história como inspiração para seguir em frente é um personagem à margem dos holofotes do futebol: seu irmão Renato. Foi a ele que Leo recorreu.

— Viajei no dia seguinte para Santos — lembra Renato: — Conversamos educadamente com o segurança e a gerência. Depois, sempre que ele ia ao shopping os funcionários já sabiam e comentavam: “Olha lá, aquele é o jogador”.

O irmão é como um anjo da guarda na vida de Leo Pelé. Entrou em ação não só quando ele sofreu com o preconceito como em outras dificuldades. E não foram poucas. Moradores do bairro Tomazinho, em São João de Meriti, Regina e José Carlos nem sempre tinham dinheiro para a condução do filho até Xerém, onde começou a treinar aos 14 anos. Era aí que o irmão mais velho (hoje com 32 anos) entrava em ação.

— Ele tem um salão de cabeleireiro. E os primeiros R$ 30 que ele ganhava já me dava e dizia que era para a passagem, para poder treinar. Aquele cara é fantástico. Onde for, vou levá-lo comigo — recorda Leo, que só confia seu cabelo (e todo o visual) ao irmão.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Extra / Foto: Fluminense FC

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