Sequência de três derrotas, momento ruim do atacante Fred, falta de intensidade do Fluminense e muito mais: leia a entrevista coletiva de Roger Machado




Roger Machado (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Roger Machado concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o Criciúma

Após a derrota do Fluminense por 2 a 1 para o Criciúma, na noite desta terça-feira (27), o técnico Roger Machado concedeu entrevista coletiva no Estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina (SC). O treinador falou sobre a sequência de três derrotas, momento ruim do atacante Fred, falta de intensidade do Tricolor e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Sequência de três derrotas

“São três derrotas, duas no Brasileiro e uma na Copa do Brasil. Porém, essa da Copa do Brasil é parcial. Temos plenas condições de reverter esse resultado em casa fazendo um jogo diferente. Um jogo mais parecido do que fizemos com o Cerro no Paraguai, por exemplo, do que o dessa noite de hoje.”

Revés diante do Criciúma

“O favoritismo não entra em campo. Isso é o primeiro de tudo. Estamos falando em uma fase da competição que o adversário está aqui pelos seus méritos. De fato, nessa irregularidade em alguns desses confrontos buscamos conscientizar os atletas de que não há jogo fácil, não há disputa vencida e que favoritismo se concretiza dentro de campo.”

Postura para o jogo de volta

“A postura é de quem estará jogando dentro de casa, precisando de um resultado de vitória para conquistar uma classificação. Não tem nada de muito diferente. Quando você joga em casa você precisa propor o jogo, colocar intensidade, buscar o resultado. Ainda mais em uma situação como essa. Mas é um resultado que é perfeitamente possível de conquistar pela nossa qualidade, pelos jogos que já fizemos, mas, sobretudo, pelo fato de nós termos que tirar essa diferença que o adversário conquistou em casa. A disputa está em aberto. Mas, evidentemente, tem que ser diferente do que fizemos hoje.”

Análise do primeiro tempo

“A partida se desenhou com um 1º tempo ruim tanto do ponto de visa técnico, quanto tático. O adversário conseguiu bloquear os nossos avanços e jogou por um contra-ataque, por uma disputa de primeira e segunda bola para conseguir criar com um pouco mais de lucidez. Nós, a ânsia de querer resolver as coisas, de forma desordenada em muitos momentos, dávamos mais oportunidades do adversário ter a bola do que conseguíamos criar para concluir a gol. Tivemos uma ou duas finalizações no 1º tempo, apenas de fora da área, e construímos pouco pelos lados, onde deveríamos usar mais. O adversário conseguiu o gol em um dos muitos erros de passe que cometemos em um jogo que tecnicamente não estivemos bem.”

Análise do segundo tempo

“Na segunda etapa, voltamos melhor organizados, cada um dentro da sua função, fazendo o que tem que ser feito. Conseguimos imprimir um ritmo mais forte e voltamos para o jogo. Tomamos o gol em uma penalidade revisada no VAR. E depois, com as substituições, entramos na partida de novo. Fizemos nosso gol e ficamos na disputa. Não tem nada perdido. Vamos estar jogando em casa. Mas só não podemos ceder o que cedemos ao adversário hoje, a oportunidade de marcar bem e tecnicamente estarmos em uma noite que não nos ajudou a construir um resultado diferente.”

Falta de intensidade do Fluminense

“Não atribuo à falta de intensidade. Atribuo à lucidez de entender o jogo, de buscar soluções para um time que organizadamente nos marcava bem, e tecnicamente termos feito uma primeira etapa muito abaixo do que estamos acostumados a fazer. As derrotas preocupam, evidentemente. Mas não me preocupo a ponto de perder a lucidez nesses momentos importantes que temos pela frente. A disputa está aberta na Copa do Brasil. O Brasileiro nós esquecemos por esses dias porque temos duas competições importantes. Vamos buscar recuperar depois. Nesse momento, não posso levar a campo a instabilidade de jogos de outra competição, mas cobrar dos atletas uma melhora para o jogo de sábado. O gol no 2º tempo nos colocou na disputa e vamos jogar dentro de casa. Isso é importante. Preocupação fica para depois, fora do vestiário. Para que consigamos, aqui dentro, ter a tranquilidade de achar as soluções que precisamos.”

Apatia da equipe

“Não falo em apatia. Porque me soa como desinteresse. Meus atletas nunca estão desinteressados. Falo que não conseguimos sobrepor as dificuldades que o adversário nos impôs. Não achamos as soluções e, pelo fato de estarmos bem marcados, começamos a nos desorganizar dentro do campo, tentando buscar outras iniciativas e com muitos erros de passe, cedendo o jogo para o adversário. O número de erros passes representa muito bem o que foi o jogo no 1º tempo. Muitos erros, alguns passes forçados, algumas decisões um pouco equivocadas, que deram ao adversário a confiança que a estratégia de marcar bem estava funcionando. E isso dava moral ao adversário.”

Momento ruim do atacante Fred

“Todo centroavante precisa ser municiado. Precisa que as jogadas aconteçam para ele. Pelo fato de ser o jogador que está presente dentro da área, precisa que a organização do time funcione para que ele tenha maiores oportunidades de gol. Mas no jogo de hoje, tecnicamente, muitos de nós estivemos em uma noite que não nos permitiu criar as oportunidades e oferecer ao centroavante a oportunidade de estar nas melhores condições. As alternativas não são muitas, mas são as que temos como possibilidade hoje. Toda vez pensamos em pegar o melhor momento de cada jogador, em colocar em campo as melhores alternativas. É o que eu tenho feito. Pegando o melhor momento individual de cada atleta, para que consigamos boas atuações e bons resultados.”

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Por Explosão Tricolor

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