Novo meia-armador no Fluminense? Comentaristas da Globo analisam performance do Alexsander no Sul-Americano Sub-20




Alexsander )(FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC))



Primeiro volante de origem atuando na base, Alexsander estreou no profissional do Fluminense no fim do ano passado. Na ocasião, foi improvisado por Fernando Diniz na lateral esquerda nas últimas três rodadas do Brasileirão. Mas talvez “improvisado” não seja a palavra certa. A metodologia dos jogadores revelados em Xerém preza pelos treinamentos em mais de uma posição e o volante também jogou de lateral outras vezes.

Agora, mais adiantado, como atua na equipe de Ramon Menezes, é a primeira vez. Nascido em 2003, o jogador tricolor chegou ao futsal do Flu com 10 anos. Dispensado de Xerém no fim do Sub-13, voltou para o futsal no Sub-15, em 2018, e segue no clube desde então. Hoje, tem contrato até março de 2026.

Os carros-chefe de Alexsander sempre foram preencher espaços e desarme, funções essenciais para a posição de primeiro volante. Mas também chama a atenção pela habilidade que tem com a bola no pé, com frequência encontrando bons passes e dando belos dribles. Internamente há quem o compare com Lucas Paquetá, mas um pouco menos avançado.

O polivalente jogador do Fluminense foi titular em todos os jogos importantes da seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria. Com ele em campo, o Brasil venceu cinco partidas e empatou uma, garantindo uma vaga no Mundial Sub-20 com duas rodadas de antecedência.

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Para entender melhor o papel de Alexsander sob o comando do técnico Ramon Menezes e como ele pode agregar ao time de Fernando Diniz quando retornar ao Fluminense, o portal ge ouviu comentaristas do Grupo Globo, Renata Mendonça e Marcelo Raed, que estão acompanhando os jogos da Seleção no Sul-Americano Sub-20.

Segundo Renata Mendonça, Alexsander é peça importante no sub-20 por ser capaz de dar dinamismo ao estilo de jogo da seleção brasileira.

– O ponto forte da seleção sub-20 do Ramon Menezes é o meio-campo. Todos os jogadores ali têm qualidade de passe e chegada na área. Alexsander tem um ótimo controle de bola, costuma jogar como um meia se aproximando do ponta esquerda e com capacidade rápida de reação na perda da bola para recuperar rápido. Um meio-campista completo que, se na base vinha jogando mais como volante, na seleção ganhou a chance de jogar mais adiantado pela consistência que Marlon Gomes e Andrey dão como primeiro e segundo volantes. Ainda não fez gol, mas ele dá dinâmica ao jogo do Brasil no Sul-Americano – Renata Mendonça.

Marcelo Raed analisa que a nova função com Ramon Menezes fez Alexsander se tornar um jogador importante mesmo sem a bola.

– Nesta Seleção Sub-20, o Alexsander faz uma espécie de meia-armador, o que mostra a versatilidade do jogador. A maior obrigação, porém, é sem a bola, como o responsável pela pressão no campo de ataque – o que ocasionou muitos gols da Seleção. É uma campanha de muita entrega com a camisa da Seleção, porém sem destaque individual – disse Raed, que acrescentou:

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– A titularidade de jogador veio na incerteza de contar com o Andrey e em meio a onda de pedidos de dispensa de 9 jogadores. Nos treinamentos, ainda sem a presença de Andrey, Alexsander treinou como primeiro volante, posição de origem, e mostrou ótimo nível de jogo. No ajuste do time, Ramon optou por manter o jogador, mesmo com a chegada de Andrey, mas em uma posição mais avançada.

Renata Mendonça ainda acredita que o jovem tem tudo para se destacar com Fernando Diniz.

– Acho que a versatilidade dele é o que mais pode ajudar o Fluminense. Jogando mais adiantado pela esquerda, pode levar a bola ao fundo e dar profundidade. Também pode jogar por dentro, construindo e chegando na área para finalizar.

– E pode ainda fazer a lateral esquerda, posição carente no Fluminense, apoiando e também recompondo para ajudar na defesa. Só é preciso que, no profissional, ele seja inserido aos poucos, com tempo para se adaptar à velocidade e às condições do jogo, que são diferentes da base. Mas oferece diversas possibilidades ao Fernando Diniz, que tem por característica ser um técnico muito bom para desenvolver jogadores jovens.

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Para Raed, Alexsander apresenta valências importantes para contribuir na equipe principal do Fluminense. Mas o comentarista lembra que a formação do jogador na base foi feita para ele atuar em um setor já ocupado atualmente por dois Moleques de Xerém.

– Alexsander demonstra ter entendimento da faixa de campo onde atua, o que pode facilitar a adaptação dele em diversas posições no meio-campo do Fluminense. Mas é bom lembrar, o desenvolvimento dele na base foi como primeiro ou segundo meio-campista, o que o leva a disputar uma vaga com André ou Martinelli.

Com Alexsander, o Brasil volta a campo pelo Sul-Americano nesta quinta-feira, às 22h, para enfrentar a Colômbia no Metropolitano de Techo.



Por Explosão Tricolor / Fonte: ge

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