
Mudança definitiva no Fluminense?
Quando Paulo Henrique Ganso foi diagnosticado com miocardite, no começo do ano, Mano Menezes se viu diante de um problema: o elenco do Fluminense carecia de um substituto. A solução foi deslocar Jhon Arias para o centro, o que inicialmente não deu certo. Aos poucos, o colombiano se adaptou, cresceu de produção e se tornou peça chave do time que está a um passo da final do Campeonato Carioca. Agora, com o 10 liberado pelos médicos e a contratação de Rúben Lezcano, a escassez virou fartura. E o técnico vai precisar, mais cedo ou mais tarde, tomar uma decisão sobre o time.
Sendo assim, para os próximos jogos — como o confronto com o Caxias (RS), nesta quarta, pela Copa do Brasil, e a reta final do Carioca — não há dúvidas em relação à manutenção do quarteto ofensivo atual: Arias por trás, Serna e Canobbio pelos lados e Cano mais à frente. Mas, para o Brasileirão, a questão se tornará mais patente.
Lezcano não pode mais ser inscrito no Carioca. O armador de 21 anos começa atrás numa disputa por vaga. Mas chega com a credencial de ter sido eleito melhor meia do Campeonato Paraguaio e já ser cogitado em sua seleção.
Pelo fato de ter passado mais de um mês afastado das atividades físicas, Ganso agora irá passar por um período de recondicionamento. Mas vale lembrar que, até o diagnóstico de miocardite, ele era o dono da posição.
Porém, o quarteto atual vive grande momento. Eles são responsáveis por 17 dos 25 gols do time na temporada e ainda sete assistências.
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Jhon Arias, particularmente, vem se destacando como o jogador mais cerebral. Na posição, tem identificado e ocupado os espaços deixados pelos rivais. O resultado é que, com oito partidas no ano, já contribuiu com cinco assistências, mais do que a metade das oito de 2024.
— A primeira partida que jogamos com Arias no meio, Serna na direita, Canobbio e Cano foi contra o Botafogo e perdemos. E aí foi uma chuva de críticas. É por isso que treinador tem que ter confiança na avaliação — comentou Mano Menezes após a goleada sobre o Volta Redonda. — Ele pode fazer a função. Você vê o Arias jogando como o antigo ponta de lança. Os antigos sabem do que estou falando. O time tem que estar muito bem compactado atrás. Você ganha muito potencial ofensivo. Ele é brilhante, seja pelo lado ou por dentro.
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