Flamengo não esconde o medo




Fla-Flu é um ai Jesus! (Foto: Divulgação)

Mesmo em vantagem, Flamengo não esconde o medo (por Lindinor Larangeira)

Os primeiros 90 minutos de uma decisão de 180 já se foram. Muito mais por deméritos do Fluminense do que por seus méritos, o Flamengo leva a vantagem do empate para o jogo de volta.

O Tricolor não tem dado boa vida ao adversário, mesmo este sendo o melhor elenco do futebol do continente. Nos últimos 21 jogos, um equilíbrio quase absoluto: 8 vitórias tricolores, 7 rubro-negras e 6 empates.

Na decisão mais recente, em 2023, a vantagem flamenguista foi maior do que a atual, com dois gols de diferença. No jogo decisivo, uma estrondosa goleada de 4X1. Fora o baile, comandado por Marcelo.

Evidente que cada jogo é um jogo e cada ano é um ano, como poderia dizer o Conselheiro Acácio, personagem da obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós.

Diferentemente da lógica acaciana, das frases feitas e da obviedade, mesmo com a vantagem, a estratégia lembra a de personagem de outro autor e obra.  Tentam esconder o receio do fracasso com a astúcia de Brás Cubas, célebre criação de Machado de Assis, em um dos grandes clássicos da literatura brasileira e mundial, Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Sejam jornalistas, ex-jogadores travestidos de jornalistas e mesmo atletas que vão estar em campo no domingo, a tática é tentar entrar na cabeça do time do Fluminense, através de análises enviesadas ou declarações que beiram ao delírio.

Uma delas, bastante recente, é do zagueiro Léo Pereira: “Se eles partirem para briga e agressão, como fizeram, claro que vamos nos defender, porque aqui desse lado tem homens e pais de família que trabalham e não querem sair envergonhados para casa”, disse o jogador, distorcendo o episódio, que foi iniciado pelas provocações de um companheiro do time dele, que aliás, nem cartão amarelo recebeu do péssimo e tendencioso árbitro

A agressão de fato, que até a insuspeita equipe do SporTV viu, como quase todo mundo, menos o juiz e o VAR, foi a de Pulgar em Fuentes. Em um único lance, o volante cometeu duas infrações: uma para amarelo, outra para vermelho direto. Agressão também foi a voadora de De La Cruz em Serna, aliás, único amarelo dado pelo soprador de apito ao Flamengo. Lance também ignorado pelo VAR.

“Agora não é mais o Vítor Pereira”, disse o jornalista Mauro Cezar Pereira. A notícia é velha. Filipe Luis já assumiu, faz tempo. Talvez aquela goleada de 23 continue atormentando a alma rubro-negra de MCP.

Outros dublês de jornalistas a entrarem nessa campanha foram o craque (?) Neto e Zinho. O ex-jogador do Corinthians previu duas goleadas do Flamengo. Já o ex-rubro-negro, assumindo seu lado acaciano profetizou: “Se o Fluminense se abrir, pode tomar uma goleada”.

Entre Neto e Zinho, fico com Gerson, o Canhotinha de Ouro, que com sua experiência nos diz: “O jogo é jogado e o lambari é pescado”. Mais do que obviedade ou astúcia, trata-se da sabedoria de um dos maiores meias da história do futebol mundial.

Por ele, tricolor de coração, o Fluminense tem que entrar em campo, jogar um futebol destemido e conquistar o troféu Zico.

PS1: A comissão técnica tem que blindar os jogadores dessa onda toda: foco no jogo. A diretoria tem que fazer o trabalho de bastidor, para que não se repita a arbitragem tendenciosa e conivente com o antijogo do Flamengo.

PS2: Renê ou Guga improvisado? A improvisação é menos ruim, mas como entender a contratação de Renê?

PS3: Contra tudo e contra todos, vamos vencer, Nense!




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