Clubes e FERJ veem valorização do Campeonato Carioca; Record quer renovar direitos de transmissão




Foto: Leonardo Brasil / Fluminense F.C.)



Números apontam crescimento do Campeonato Carioca em 2022

Os clubes do Campeonato Carioca se sentaram com a FERJ e a Sportsview, empresa responsável por negociar os direitos comerciais e transmissões da competição, para um balanço do que foi o Estadual em 2022. Não há ainda um valor consolidado de receitas geradas no campeonato, mas os dirigentes e executivos têm a percepção de que o torneio se valorizou.

Os envolvidos, inclusive, conversaram na última terça-feira (05) sobre a divisão de dinheiro arrecadado com algumas propriedades comercializadas na edição recém-concluída. Neste ano, o Carioca vendeu seus naming rights à Betfair e recebeu R$ 10 milhões por isso. O contrato de TV aberta com a Record rendeu R$ 15 milhões. Além disso, houve a distribuição via pay-per-view dos clubes, Cariocão Play e um caminho que começou a ser explorado na Twitch, plataforma de streaming, usando canais de influenciadores como Casimiro e Gaulês.

Os clubes não têm um número fechado porque precisam do retorno de algumas fatias do negócio. É preciso receber, por exemplo, um percentual das verbas publicitárias das cotas vendidas pela Record e verificar quanto foi gerado efetivamente pelas assinaturas do pay-per-view junto às operadoras.

– A receita deve crescer uns 80% neste ano, quando comparada com ano passado. A venda nas operadoras de pay-per-view cresceu em 32% – disse Marcelo Campos Pinto, executivo da Sportsview, que calcula cerca de 200 mil assinantes no PPV.

Na outra ponta dos números do Carioca, é preciso também confirmar o valor final dos custos. Após duas rodadas iniciais com problemas, houve a troca da produtora que gerava as imagens. Os clubes, inclusive, entendem que levaram a culpa por questões técnicas pelas quais não eram responsáveis diretamente.

A Record tem interesse na renovação do contrato, sobretudo por já ter adquirido os direitos do Paulistão até 2025. A manifestação foi feita pela emissora ao presidente da FERJ, Rubens Lopes. Com esse combo, a emissora pode vender cotas de publicidade nacionais, que geram mais receita do que as regionais. Na TV aberta, o Carioca foi distribuído para 21 estados, enquanto o Paulista chegou a seis.

A visão do lado dos clubes e da FERJ é que a transmissão na Twitch, gratuita, não atrapalhou a Record. Segundo a emissora, a final entre Fluminense e Flamengo marcou 26,5 pontos de média de audiência no Rio de Janeiro, pico de 30 pontos e share de 42%, alcançando o maior desempenho do estadual neste ano. A Globo ficou com 14,3 pontos de média no mesmo período. Pelos critérios do Ibope, que atribui um ponto na Região Metropolitana do Rio a 124.692 pessoas, a estimativa é que o jogo na TV aberta tenha atingido 3,74 milhões de indivíduos no pico.

A questão é se todos os clubes vão continuar vendendo os direitos em bloco, já que a lei do mandante está em vigor. O Flamengo tende a optar pelo descolamento, por entender que gera mais valor que os demais e pelo desejo de turbinar a FlaTV. Mas a situação não está definida.

O clima na reunião de terça-feira, segundo quem participou, foi amistoso. A visão é que há uma parceria entre os clubes por um bem comum.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: UOL Esporte

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