Conheça a história de luta de Pierre pela filha deficiente




Em entrevista ao UOL Esporte, o volante Pierre falou sobre dificuldades enfrentadas na rotina de Pietra, filha mais velha que luta contra uma paralisia cerebral: 

– Não queriam deixar minha filha brincar num brinquedo em um parque aquático. São coisas que a gente enfrenta, mas aí me indignei. Ela é normal, ela apenas não anda. Tiveram de chamar a direção do parque, falei que ia chamar a imprensa, aí liberaram os brinquedos. Mas depois de todo o constrangimento, a gente fica magoado”, contou Pierre, relembrando só um dos vários casos de preconceito – comentou o volante. 

Pierre revela que encontrou dificuldades para encontrar um colégio para Pietra: 

– No Rio, tivemos muita dificuldade com a inclusão. Não consegui matricular a Pietra em nenhum colégio na Barra no meu primeiro ano de Flu. Fui em uns cinco colégios e sempre tinha uma desculpa. Por lei, a Pietra tem direito a uma mediadora, uma pessoa que fique com ela. Muitos colégios que fui queriam que eu pagasse a mensalidade dobrada. Outros diziam que o colégio não estava adequado, mas era um “não” clássico. Num ponto, a Moema disse que não aguentava mais.  Depois de cinco “nãos”, decidimos deixar a Pietra sem estudar. No segundo ano, conseguimos matricular a Pietra e o colégio abraçou ela de forma maravilhosa. Eles disponibilizaram a mediadora e ela está bem acolhida – comentou o volante. 

O volante do Fluminense ainda relembrou o nascimento prematuro de sua filha:

– A bolsa da Moema [esposa de Pierre] rompeu com seis meses de gestação. Era um casal, mas o menino viveu 14 horas e morreu. A Pietra ficou três meses na UTI lutando pela vida. Nasceu com 522 g e saiu com 2 kg e pouco. Foi um milagre a Pietra viver, mas depois de um ano soubemos que ela teve sequelas. Numa das paradas respiratórias que ela teve, faltou oxigênio no cérebro, que resultou em paralisia cerebral e afetou a parte motora. Desde que ela nasceu é essa batalha de fisioterapia, equoterapia [terapia com cavalos], terapia ocupacional, fonoaudiólogo. É um preço alto que a gente paga, mas fazemos com muito prazer.

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Por Explosão Tricolor / Foto: Divulgação / FFC

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