Em rede social, Celso Barros responde Mário Bittencourt




Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.



O clima esquentou nos bastidores do Fluminense. Na noite desta sexta-feira, o vice-presidente geral do clube, Celso Barros, publicou uma longa mensagem nas redes sociais rebatendo o presidente Mário Bittencourt. O mandatário mais cedo concedeu entrevista coletiva por videoconferência e explicou que o vice não foi convidado para o lançamento do livro do tricampeonato brasileiro nas Laranjeiras em razão de fazer parte do grupo de risco da pandemia do novo coronavírus.

Celso não gostou da declaração. Aos 67 anos, o presidente da “Unimed Rio” na época, principal patrocinadora do clube e responsável pela contratação de jogadores na campanha do título em 2010, tratou o argumento da pandemia para sua ausência como desculpa.

– Quanto a fazer parte do chamado grupo de risco, é claro que em relação a minha idade e algumas comorbidades que são comuns nesta faixa etária, eu me encaixo. Porém, infelizmente muitos jovens com a idade do presidente, já nos deixaram por causa desta grave doença. Portanto, à época da Flu Fest, respeitadas as medidas de distanciamento, o uso de máscaras e álcool gel, não existiria nenhum problema que eu participasse do evento.

Mas Celso não parou por aí e atacou Mário. Afastado de suas funções desde o fim do ano passado, ele acusou o presidente de quebrar uma promessa de campanha ao tirar seu comando do futebol, classificou a atitude como “covarde” e o chamou de egocêntrico:

– Antes da eleição o atual presidente assumiu um compromisso comigo que eu coordenaria o futebol. Ao me retirar do cargo, o mesmo reafirmou o seu desejo autoritário de comandar o futebol sozinho. Levando consigo, enormes dificuldades em ouvir opiniões contrárias ao seu pensamento. Com uma visão egocêntrica e sempre disposto a ter os holofotes sobre a sua pessoa, ele segue um caminho solo – escreveu, reafirmando que não irá renunciar ao cargo de vice-geral.

Leia a mensagem na íntegra:

“Fiquei surpreso e perplexo com a entrevista coletiva do presidente Mário Bittencourt, realizada hoje no CT. Ao se referir ao fato da minha não participação na Flu Fest, o presidente incorre em alguns equívocos.

Quando disputamos a eleição eu tinha 67 anos e isso não foi empecilho para que eu estivesse na chapa. Ao contrário era importante a utilização do meu nome para que vencêssemos as eleições, como efetivamente ocorreu. O presidente já me colocou com quase 70 anos, o que eu espero completar em 2022, último ano da nossa gestão.

Quanto a fazer parte do chamado grupo de risco, é claro que em relação a minha idade e algumas comorbidades que são comuns nesta faixa etária, eu me encaixo. Porém, infelizmente muitos jovens com a idade do presidente, já nos deixaram por causa desta grave doença. Portanto, à época da Flu Fest, respeitadas as medidas de distanciamento, o uso de máscaras e álcool gel, não existiria nenhum problema que eu participasse do evento.

Em outro momento ele fala abertamente sobre a minha saída do futebol. Gostaria de esclarecer, alguns pontos. Antes da eleição o atual presidente assumiu um compromisso comigo que eu coordenaria o futebol. Ao me retirar do cargo, o mesmo reafirmou o seu desejo autoritário de comandar o futebol sozinho. Levando consigo, enormes dificuldades em ouvir opiniões contrárias ao seu pensamento.

Com uma visão egocêntrica e sempre disposto a ter os holofotes sobre a sua pessoa, ele segue um caminho solo. Acredito que algumas medidas da atual gestão que discutimos durante a campanha estão tendo resultado positivo, no entanto, no futebol, que é a alma do clube, tivemos divergências importantes.

Com a saída do técnico em 2019, que nos deixou na zona do rebaixamento, alguns poucos jogadores trabalharam para desgastar a minha imagem no grupo. Em relação a esse episódio, o presidente se comportou de forma covarde e resolveu abandonar um companheiro que ajudou a elegê-lo. Talvez estivesse realizando o seu sonho de exercer um poder ditatorial no clube. Ações de comunicação e marketing, aparentemente, veem sendo usadas para iludir os nossos torcedores.

Um outro fato importante é de sempre ter tentado jogar as minhas costas algumas decisões, que foram coletivas. Quem definiu a saída do técnico Fernando Diniz foi o presidente e eu. A contratação do Oswaldo de Oliveira foi definida por três nomes: Mário, Angioni e eu. A nossa primeira opção era Dorival Júnior e Abel Braga, isso, no entanto, não foi possível. Lutamos no ano passado para não sermos rebaixados. Este ano fomos eliminados no primeiro jogo da Copa Sul Americana e eu não estava lá para “atrapalhar”. O presidente tinha o comando pleno.

No campeonato estadual, que na verdade entre as cinco competições que disputamos é a menos importante, obtivemos o honroso título de Vice-Campeão. Em relação ao Campeonato Brasileiro, às opiniões que vem da direção do clube é que possamos estar entre os dez primeiros colocados. Já na mídia esportiva, as projeções são que brigaremos entre a décima e a vigésima colocação.

Estarei torcendo, como sempre torci, para que tenhamos o melhor resultado possível no Brasileirão. E não esquecendo da Copa do Brasil em que avançaremos, se revertermos o resultado da derrota, pelo Figueirense no primeiro jogo em Floripa. Apesar de, não termos enfrentado até o momento nenhum time de maior investimento.

Poderia falar ainda sobre outras questões, mas, prefiro encerrar por aqui. Manifesto a minha posição de não deixar a Vice-Presidência Geral do Clube, em que fui eleito pelos sócios do mesmo, e de manter a disposição de contribuir com a Gestão do Futebol do Flu”.

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Por Explosão Tricolor

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