Jornalista Rodrigo Capelo, do Grupo Globo, elabora ranking dos clubes mais transparentes e confiáveis do futebol brasileiro em 2020/2021; veja a posição do Fluminense




Rodrigo Capelo (Foto: Reprodução / SporTV)



Fluminense aparece na oitava colocação do ranking elaborado pelo jornalista Rodrigo Capelo

Com base nas demonstrações financeiras referentes a 2020 e 2021, o jornalista Rodrigo Capelo, do Grupo Globo, elaborou o ranking dos clubes mais transparentes e confiáveis do futebol brasileiro. De acordo com Capelo, o levantamento não trata da situação financeira dos clubes, mas da transparência e da confiabilidade dos números apresentados.

O jornalista colocou o Fluminense na oitava colocação do ranking. A primeira colocação ficou com o Internacional.

A lista abaixo está ordenada de acordo com a pontuação obtida com base nos critérios técnicos: dez perguntas com peso um, sendo uma delas detalhada em outros dez itens. A opinião do especialista é um critério de desempate. Caso persista, a ordem é alfabética.

As divisões dos clubes se referem aos campeonatos disputados em 2020, uma vez que os balanços tiveram fechamento em 31 de dezembro.

Posição Clube Divisão Pontuação Opinião do especialista
Internacional A 10,0 4,7
Bahia A 9,9 4,7
Grêmio A 9,9 4,7
Fortaleza A 9,0 3,7
Flamengo A 8,9 5,0
Vasco A 8,0 4,0
Cruzeiro B 8,0 3,0
Fluminense A 7,9 4,7
Palmeiras A 7,9 4,7
10º Ceará A 7,9 3,7
11º Santos A 7,0 3,3
12º Criciúma C 6,9 3,3
13º América-MG B 6,8 4,0
14º Atlético-MG A 6,8 4,0
15º Guarani B 6,8 3,0
16º Avaí B 6,7 3,3
17º Atlético-GO A 6,7 3,0
18º São Paulo A 5,9 4,3
19º Santa Cruz C 5,8 3,7
20º Corinthians A 5,8 3,0
21º Coritiba A 5,8 3,0
22º Athletico-PR A 4,9 4,0
23º Goiás A 4,9 3,7
24º Paraná B 4,9 3,7
25º Vitória B 4,9 3,7
26º Ponte Preta B 4,8 3,3
27º Volta Redonda C 4,7 2,7
28º Botafogo A 4,0 3,7
29º Vila Nova C 3,9 3,7
30º Operário-PR B 3,9 3,0
31º São Bento C 3,6 3,0
32º Sport A 3,6 2,0
33º Paysandu C 3,0 *
34º Juventude B 2,6 3,3
35º Cuiabá B 2,6 3,0
36º Red Bull Bragantino A 2,3 0,3
37º Botafogo-SP B 1,8 *
38º Náutico B 1,4 1,7
39º Chapecoense B 1,0 *
40º Remo C 1,0 *
41º Ituano C 0,7 1,7
42º Boa Esporte C 0,0 *
43º Botafogo-PB C 0,0 *
44º Brasil de Pelotas B 0,0 *
45º Brusque C 0,0 *
46º Confiança B 0,0 *
47º CRB B 0,0 *
48º CSA B 0,0 *
49º Ferroviário C 0,0 *
50º Figueirense B 0,0 *
51º Imperatriz C 0,0 *
52º Jacuipense C 0,0 *
53º Londrina C 0,0 *
54º Manaus C 0,0 *
55º Oeste B 0,0 *
56º Sampaio Corrêa B 0,0 *
57º São José C 0,0 *
58º Tombense C 0,0 *
59º Treze C 0,0 *
60º Ypiranga C 0,0 *

*Não publicou balanço

Critérios utilizados no levantamento

As dez perguntas são as mesmas aplicadas no ranking de transparência e confiabilidade produzido em 2020, com base nos balanços de 2019. O método é o mesmo para que haja consistência e seja possível notar se houve progresso ou regresso nas práticas.

1 – Publicou balanço referente a 2020 até 30 de abril?
2 – Publicou balancetes trimestrais ou mensais em todo o 2020?
3 – Publicou orçamento referente a 2021?
4 – Publicou quaisquer balancetes referentes a 2021?
5 – Publicou parecer da auditoria externa sobre o balanço anual?
6 – Auditoria externa fez ressalvas em relação ao balanço anual?
7 – Incluiu relatório no balanço para facilitar entendimento do leigo?
8 – Alterou o resultado líquido do ano anterior em reapresentação?
9 – Publicou provisão para contingências cuja perda é “possível”?
10 – Detalhamento do balanço anual atende mínimo para análise?



As perguntas de um a quatro tratam da transparência e da organização em procedimentos internos. Apenas clubes minimamente organizados, com dirigentes preocupados com suas torcidas e com o mercado esportivo, estarão aptos a cumprir todos os requisitos.

As perguntas cinco e seis medem a confiabilidade dos balanços. Todos são obrigados pela Lei Pelé a contratar uma auditoria externa para validar os números descritos pelo clube no documento, bem como publicar um relatório a partir dessa checagem junto das demonstrações.

A pergunta sete diz respeito à tentativa de tornar o conteúdo compreensível para leigos. O blog se refere a páginas anteriores aos números – seja uma carta de apresentação assinada pelo presidente, seja um texto acompanhado de gráficos. Além das notas explicativas.

Na pergunta oito, trata-se do passado. É possível que dirigentes sejam obrigados a reclassificar números apresentados em balanços anteriores por motivos contábeis. Ou seja, quando as indicações feitas por órgãos reguladores mudam. Neste caso, não haverá descrédito. No entanto, o blog considera um mau sinal quando a reapresentação altera o resultado líquido da temporada anterior devido a erros processuais.

Na pergunta nove, a recomendação é que os clubes detalhem nas provisões para contingências, contidas no passivo, os valores de acordo com cada probabilidade de derrota na justiça. As chances de perda são “provável”, “possível” e “remota”. É possível que dirigentes tentem ocultar dívidas relevantes ao não informar números de causas consideradas como perdas apenas “possíveis” ou “remotas”.

Na pergunta dez, foi aplicada uma nova camada de perguntas. Elas são importantes para que o balanço ofereça o mínimo necessário de informação para uma análise aprofundada sobre as finanças. Cada resposta positiva conta um ponto decimal dentro da nota.

1 – Detalhou receitas? Em direitos de transmissão, patrocínios/marketing, bilheterias, associações e transferências de atletas, no mínimo.
2 – Detalhou despesas? Em folha de pessoal, direitos de imagem e administrativas, no mínimo.
3 – Detalhou o resultado financeiro? Em juros sobre dívidas e variação cambial, no mínimo.
4 – Detalhou receitas e despesas de acordo com linhas de negócio? Entre futebol, clube social e esportes olímpicos/amadores.
5 – Detalhou dividas com instituições financeiras e terceiros? Em taxas de juros, prazos para pagamento e garantias oferecidas, no mínimo.
6 – Detalhou contas a receber e pagar para intermediários? Em valores e prazos para pagamento, no mínimo.
7 – Detalhou contas a receber e pagar por transferências de atletas? Em valores e prazos para pagamento, no mínimo.
8 – Detalhou (no fluxo de caixa) investimentos em aquisições de direitos de atletas? Em valores.
9 – Detalhou (no intangível) investimentos feitos no decorrer da temporada (adições) em formação de atletas? Em valores.
10 – Detalhou (no fluxo de caixa) captação e pagamento de empréstimos e financiamentos? Em valores.

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Primeira rodada do Brasileirão 2021

Sábado (29/05)

19h

Cuiabá 2×2 Juventude – Arena Pantanal

20h

Bahia 3×0 Santos – Pituaçu

21h

São Paulo 0x0 Fluminense – Morumbi

Domingo (30/05)

11h

Atlético-MG 1×2 Fortaleza – Mineirão

16h

Flamengo 1×0 Palmeiras – Maracanã

Ceará 3×2 Grêmio – Castelão

18h15

Corinthians 0x1 Atlético-GO – Neo Química Arena

Chapecoense 0x3 Red Bull Bragantino – Arena Condá

Athletico-PR 1×0 América-MG – Arena da Baixada

20h30

Internacional 2×2 Sport – Beira-Rio



Por Explosão Tricolor / Fonte: Blog do Rodrigo Capelo / Globo Esporte

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