Em queda livre




O torcedor do Fluminense quer mudanças para 2016 (Foto: Divulgação)

Num momento em que criou esperanças de que poderia deslanchar na temporada, o Fluminense mais uma vez decepcionou e engatou duas péssimas atuações e derrotas difíceis de engolir. Pode ser que a gente ainda consiga algo grande nessa temporada, e eu vou torcer muito por isso, mas esses dois revezes me fizeram abrir os olhos para o processo de apequenamento que estão fazendo com o clube.

Depois do título brasileiro de 2012, o Fluminense simplesmente adormeceu. Perdeu a essência vencedora que está enraizada na sua história. Para se ter uma ideia, de 2013 para cá acumulamos eliminações para o Goiás (Copa Sul-Americana e Copa do Brasil), América de Natal (goleada humilhante no Maracanã), campanhas pífias no Campeonato Brasileiro (15º em 2013, 13º em 2015 e 2016) e apenas um título (Copa da Primeira Liga). A eliminação para o Londrina, na última quarta, também entrou para a lista de vexames.

Derrotas em clássicos, algo bastante enfatizado depois do jogo contra o Vasco, viraram rotina e o time mantém um aproveitamento vergonhosos nos jogos contra os seus maiores rivais. Além disso, trocas constantes de técnicos, contratações de jogadores medíocres e uma série de desmandos da gestão atual e da anterior que resumem o que é o Fluminense dos últimos anos.

E o pior de tudo: O distanciamento com a torcida é evidente. Lotar o Maracanã, o que acontecia frequentemente antes da reforma do estádio, virou algo raríssimo e o Fluminense ainda não colocou sozinho um público acima de 60 mil pessoas desde que voltou a jogar no “maior do mundo”, em 2013. Em recente entrevista, o novo CEO do clube, Marcus Vinicius Freire, revelou que a quantidade real de sócios é de apenas 16 mil, número que só tende a diminuir enquanto a fase em campo estiver ruim e o Marketing permanecer inoperante.

Sei que não adianta apenas apontar os problemas sem trazer soluções, mas não tem como negar os fatos: A gestão Peter Siemsen e toda os seus apoiadores ajudaram a apequenar o Fluminense, algo que, por enquanto, também vem sendo feito pela administração atual. Enquanto ninguém se mexe, estamos vendo o clube que tanto amamos se afastar cada vez mais das brigas por grandes títulos.

Curtas

⁃ Não sei o que está atrasando a confirmação da venda do Wendel, mas se está realmente para acontecer com os valores que foram divulgados, é mais uma grande bola fora da diretoria.

⁃ A intenção da Primeira Liga não era se tornar uma liga nacional abrangendo todos os clubes? O que vemos é um torneio que não gera interesse algum e que serve para testar times alternativos.

⁃ Com todos os jogos em casa a disputar até o final do ano no Maracanã e a média de público até aqui baixíssima, vamos acumular mais prejuízos?

Lucas Aquino

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