Que horror, Fluminense!




FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

Que horror, Fluminense! (por Lindinor Larangeira)

A continuar assim, o Campeonato Carioca tem mesmo que acabar. Pelo que ouvi neste domingo, de jogadores, treinadores e jornalistas, o outrora “campeonato mais charmoso do Brasil”, hoje não passa de uma mera pré-temporada.

A entrevista de Thiago Silva, no final de mais uma constrangedora atuação do Fluminense e a coletiva de Mano Menezes foram muito nessa direção. O treinador até esboçou uma tentativa de colocar as coisas no lugar, quando disse: “Isso é com os dirigentes”. E é aí que começa o circo de horrores que virou a competição regional.

Mais do que os campeonatos estaduais, o futebol brasileiro é um primor de desorganização, com um calendário que pune os clubes, os atletas, desvaloriza o produto e entrega ao torcedor um espetáculo abaixo do medíocre.

Quase 11 anos depois dos 7×1, a CBF parece que não aprendeu nada. A seleção perdeu o “jogo bonito” e a conexão com a torcida. Será que não perceberam ainda?

Os problemas começam na base. É inexplicável a manutenção de um profissional tão desqualificado quanto Ramon Menezes.

Talvez seja porque a desqualificação e o despreparo venham de cima. Afinal, o que faz o inacreditável Ednaldo Rodrigues, principal dirigente do futebol brasileiro?

No âmbito estadual, o Dr. Rubens Lopes é um legítimo sucessor do doutor Eduardo Viana. Dois dirigentes que me fazem sentir saudades da linguagem empolada, do terno bem cortado e da indefectível piteira do advogado Octávio Pinto Guimarães. Nos tempos do Dr. OPG, o Campeonato Carioca tinha graça e interesse.

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Antes que me chamem de saudosista por lembrar de um torneio que tinha jogos em Bariri, Ítalo Del Cima, Figueira de Melo e Teixeira de Castro. Ou oportunista, por lembrar que o time do Ramon Menezes tomou de seis da Argentina, falemos do empate sem gols e sem futebol de Madureira e Fluminense.

Primeiramente, é injustificável que o Fluminense não consiga vencer uma equipe que, talvez seja o pior Madureira dos últimos 10 anos.

O Fluminense, que já havia feito uma partida ruim, mas com alguma vontade e organização, contra a Portuguesa, na tarde de domingo conseguiu ter uma atuação padrão série D.

Faltou organização, atitude, padrão de jogo e vontade de vencer. Um time sem poder de fogo. Sem criatividade, presença de área e intensidade.

Traduzindo: um verdadeiro bando.

Óbvio que não se pode tirar conclusões definitivas sobre os atletas, exceto Renato Augusto. Esse tem que se aposentar.

Mas uma conclusão parece cristalina: ou se muda o Campeonato Carioca, com uma fórmula mais atrativa, que melhore a qualidade do produto, ou o torneio caminhará para uma morte anunciada. Com o torcedor não fazendo a mínima questão de segurar a alça do caixão.

PS1: Planejamento? Me poupem. O elenco continua desequilibrado. Pela enésima vez: contratem um ou dois meias. Um centroavante clássico. Um primeiro-volante de força e um goleiro.

PS2: Parte da grana economizada em Rony, poderia ser usada para valorizar e segurar Árias por mais algum tempo.

PS3: Com 6 pontos em 5 jogos, o planejamento agora é 15 em 6. Significa vencer dois clássicos e ganhar os jogos restantes contra os pequenos.

PS4: Mais um pênalti não marcado a favor do Fluminense. E nem VAR teve. Mas “isso é com os dirigentes”.




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