“Se tem uma coisa que eu sei fazer bem é lançar garoto”, desabafa Fernando Diniz






Fernando Diniz rebateu a cobrança pela utilização dos jogadores da base 

Em entrevista concedida após a vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, o técnico Fernando Diniz foi questionado sobre os critérios para a utilização de jogadores da base, como Esquerdinha, Isaac e Arthur, que não entraram em campo neste domingo. O treinador tricolor não escondeu a sua irritação com o questionamento e garantiu que sabe o melhor momento de utilizá-los.

– Lançar jogador não é uma coisa simples, de fora parece fácil, parece que fiz um movimento equivocado, lançar eles na dificuldade e não num jogo mais fácil, que seria hoje, mesmo com um 2 a 1 do jeito que foi. Se coloco hoje, não corresponde e saímos com um empate, a torcida faria aquele movimento que faz. Depois do passado, parece que não era para botar contra o Corinthians, em um jogo que estávamos bem. Tem que jogar do jeito que as coisas estão nos treinamentos. Se tem uma coisa que eu sei bem é lançar garoto. A gente tem que sentir, é fácil falar de fora. Tem que botar o Esquerdinha? Tem que sentir. Eu senti como repercutiu, vou trabalhando sempre no foco para saber o momento de botar. Quem está de fora tem que saber o pensamento de quem está aqui dentro. Eu boto quem eu acho que vai nos aproximar da vitória.
– Lançar moleque não é “ah, tem que lançar”, tem que ter moleque para lançar. Quando tem, vou dando estímulo e percebendo quando lançar ou não. Não é uma coisa lógica, que tem que entrar num jogo mais fácil, primeiro que jogo fácil vai ser difícil nesse campeonato. Temos que preparar os jogadores e escalar quem está mais próximo de fazer o time ganhar. Nunca boto o moleque para o time ter mais chance de perder. Quando está 3 a 0 e você lançar, pode até acontecer, mas quando boto jogador é pra brigar pela titularidade. Num 3 a 0 não ajuda muito também para ele amadurecer. Em 2019, aconteceu João Pedro, Marcos Paulo, Miguel porque fui preparando. O JP ele decidiu jogos difíceis, contra Cruzeiro, Atlético Nacional. Você não tem que esperar um jogo fácil, pode ser que não tenha nenhum. Escalei eles para jogar, foi uma experiência forte e nada ruim pra eles. Vou percebendo quando posso escalar eles de volta. Se achar que o Fluminense tem mais chances de ganhar com eles, escalo.
– O critério para colocar é perceber que o Fluminense tem mais chance de ganhar. Não existe lançar porque é legal, porque é de Xerém, lanço porque são bons. Se eu não estou colocando é porque é minha percepção não lançar. No mundo idealizado, lançaria eles devagar. No fundo, eu estou tomando o máximo de cuidado para fazer as transições aqui porque eu não gosto de fazer da maioria que foi feito aqui no Flu, como em 2009, que lançaram vários e deram certo, porque às vezes podem não dar certo. O André quando veio, veio pra ser a salvação, estava muito ruim e ele deu a conta. É muito melhor termos um time consistente e colocar o Matheus Martins, como no ano passado, colocar o Alexsander… jogador jovem vai trazer receita pro clube, vai machucar pouco, se ele joga agora, em meses ele vai melhorar. Então, se não coloquei ele agora é porque acho que não é o momento ideal.

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Por Explosão Tricolor

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