Analisando as receitas financeiras do Fluminense




Com os cofres do clube vazios, o presidente Pedro Abad já cansou de falar que a situação financeira do Fluminense não é nem um pouco confortável.

Essas declarações ao meu ver só enfatizam o quanto a gestão anterior de Peter Siemsen foi irresponsável com os gastos.

Isso porque com Roberto Horcades o panorama era bem pior, o que não ficava tão perceptível por causa dos investimentos da Unimed.

Com o poderio econômico bem limitado, o Flu de Abad tenta ao máximo cortar despesas desnecessárias, mas isso não é o suficiente.

Analisando o orçamento dos principais clubes brasileiros, percebe-se que a fonte de renda está dividida principalmente nessas áreas: Sócio Torcedor, bilheteria, vendas de jogadores, patrocínios e cotas de televisão. Há ainda outras, como premiações, mas que são menos importantes.

Portanto, analisaremos nos próximos textos com base nesses 5 principais tópicos da matriz como está o cenário do Fluminense e o que poderia ser feito para obter mais recursos e hoje falarei sobre o Sócio Torcedor:

Esse infelizmente é um ponto muito fraco do Fluminense. Os ganhos com sócio futebol representam cerca de pífios 6% no orçamento atual e por mais que tenha sido remodelado recentemente, falta criatividade e incentivos. Basicamente, a única vantagem para quem quiser se associar ao Fluminense hoje é a prioridade e os descontos na compra de ingressos.

A nova diretoria parece ser consciente disso e tem firmado parcerias que possam estimular mais o torcedor, como com a casa de shows Fundição Progresso e universidade Estácio, mas o quadro ainda está muito longe do ideal. O Flu hoje não figura sequer no top 10 dos clubes com mais sócios do Brasil. Oficialmente o número é de pouco mais de 30 mil, mas sabe-se que boa parte destes está inadimplente. O fã que mora longe do Rio hoje não tem motivos para aderir ao programa. Falta ousar.

O Sport por exemplo, que por sinal está na nossa frente nesse ranking, coloca funcionários em dias de jogos na Ilha do Retiro e na Arena Pernambuco e esses abordam os torcedores para fazer as seguintes perguntas: “Você é sócio? Se não, porque? Esses são alguns dos planos dos nossos planos do nosso programa de sócio, não seria interessante aderir ao programa?” Diante disso, a pessoa acaba se sentido atraída a fazer a adesão.

No Palmeiras, o sócio, com base na presença nas partidas e na mensalidade em dia, acumula pontos e pode trocá-los por experiências como pegar carona com a delegação no caminho ao estádio, ser repórter por um dia no CT, fazer um tour pela arena ou visitar o vestiário e entrar no campo junto com o time para cantar o hino. Isso é um baita chamativo para qualquer pessoa. Imagina pisar no gramado com seus ídolos ao seu lado? Quem não pode ou não quer ir aos jogos também pode utilizar esses pontos trocando-os por produtos que vão de chaveiros e capinhas de celulares até camisas oficiais. Há também uma parceria com a Gol, companhia aérea, em que o participante pode ganhar milhas para viajar.

Diante de tudo isso, será que o Fluminense, com todo um departamento dedicado só para o marketing, não é capaz de fazer um projeto atraente para sua torcida? Que tal criar uma modalidade em que o sócio tem a oportunidade de visitar o CT do clube? Não tenho dúvidas de que qualquer tricolor minimamente ligado ao time se interessaria muito. Eu mesmo tenho esse desejo. Com as voltas dos treinos às Laranjeiras, por que não dar ao sócio a chance de entrar no campo ao fim das atividades para tirar fotos com os jogadores? O Vasco tem colocado propagandas na televisão aberta para incentivar a adesão do sócio e vem observando um crescimento no número de participantes em 2017, mesmo sem o time empolgar. Não seria interessante o Fluminense estudar a hipótese de tentar isso também?

Enfim, essas são apenas algumas sugestões para o Flu aumentar seu quadro de sócios-torcedores já que hoje o clube ganha muito pouco comparado aos fundos que poderia arrecadar e o potencial da nossa marca. Temos uma torcida apaixonada que sempre comprou o barulho do time até quando este não merecia. Interagir com a massa tricolor é fundamental, e o programa de sócio é parte decisiva nesse processo.

Curtas

⁃ Impressionante como a FERJ consegue estragar o futebol carioca. Semi-final da Taça Guanabara em Los Larios, estádio com capacidade para menos de 8 mil pessoas é sacanagem.

⁃ Taça Guanabara cujo vencedor não ganha sequer o direito de disputar a final. Que regulamento é esse?

⁃ Manchester United estaria estudando proposta de R$ 100 milhões para comprar o Gustavo Scarpa. É um preço justo, mas gostaria que nosso garoto ficasse por mais tempo.

⁃ Por falar em Scarpa, finalmente saiu a renovação.

⁃ Li que o Maracanã voltaria a ter condições de jogo, porém exclusivamente para a estreia do Flamengo na Libertadores, e depois disso não mais. Isso é uma palhaçada, o Fluminense tem contrato para jogar lá e deveria cobrar explicações.

Abraços e saudações tricolores!

Lucas Aquino

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