Fator campo, torcida e treinador. Eis o que será o diferencial de 20 times nivelados




Estimados leitores. É sempre bom estrear com vitória, ainda mais sobre um adversário que, desde os tempos de antanho, sempre foi uma pedra no nosso sapato.

Indene de dúvidas, perdemos o Brasileiro de 2011 na derrota para esse mesmo América Mineiro, jogando no Engenhão.

Nossa vitória de ontem foi sim, consistente e consideravelmente convincente, ao meu ver, por três motivos:

1º – Jogamos contra um time que tem um grande treinador: Givanildo. Os mais jovens podem até se perguntar: quem é Givanildo? Lhes digo que, infelizmente, o rapaz não está na mídia por causa de uma pecha (preconceito) que ainda existe no nosso país, em relação aos Nordestinos. Foi um bom meia. Jogou no Fluminense em 1980.  Coleciona títulos como jogador e treinador, inclusive levando o Paysandu a Copa Libertadores no ano de 2003, sendo um dos poucos times (assim como o nosso), que venceu o Boca Júnior dentro de La Bombonera, pelas Oitavas de Final da Competição. Foi Campeão Paraense, da Copa dos Campeões, da Copa do Nordeste pelo Paysandu e pelo Sport. Também já foi Campeão pelo rival Remo. Conquistou título estadual pelo CSA de Alagoas, pelo Sport, Santa Cruz, Vitória e, agora, pelo América Mineiro. Ser Campeão com Cruzeiro e Atlético é mole; vai lá ganhar com o América Mineiro, vencendo os sobreditos times numa semi-final e final de campeonato;

2º – Vencemos fora de casa, algo que vinha sendo extremamente raro de acontecer numa competição como o Campeonato Brasileiro. Nosso time vem evoluindo, paulatinamente, sendo que a entrada do Richarlison foi um grande reforço. Com isso passamos a ter uma excelente opção para o banco, que não necessariamente será sempre banco: Marcos Júnior. Temos peça de reposição para zaga, meio e ataque. Quando falei que o Marcos Júnior rende mais como meia ofensivo, alguns leitores acharam que eu viajei. Ora, o Richarlison jogou de atacante ontem? Não; estava pelos lados do campo, e ainda marcando defensivamente, alternando com Osvaldo, que jogava de ponta, e que ora virava meia também. Os jogadores estão encaixando no esquema do Levir. Vamos dar trabalho aos adversários, pois não temos ninguém estático para uma posição, à exceção do Fred que, ainda assim, quando cansou ontem, jogou de quarto homem de meio campo. Mérito total do Levir.

3º – Depois de 2012, é a primeira vez que disputaremos o Brasileiro com um treinador de escol, feito esse que não acontece, como se vê, a quase quatro anos. Muito tempo para um clube da nossa grandeza. Treinador ganha jogos sim. E títulos também. Levir mal chegou e já esta com uma Primeira Liga debaixo do braço. E começou bem o Brasileiro, “com sangue nos olhos”, e muita ambição, coisa que só me lembro de ter visto, pela última vez, com o Abel, em 2012.

Ninguém está melhor do que ninguém. A primeira rodada mostrou isso, justamente porque os Campeonatos Estaduais são a maior enganação. Todavia arrisco dizer, desde já, ressalvado desmanche ou vendas importantes e de inopino que, Corinthians, Santos, Fluminense, São Paulo, Palmeiras são times que vão brigar lá em cima. Nesses clubes estão os melhores treinadores, com ótimos trabalhos recente. Esses times terão um fator casa como ponto determinante. Podem acreditar, Edson Passos nos dará muitas alegrias.

Isso não significa dizer que o Brasileiro será fácil. Será muito complicado, mas está viável sim, desde que a nossa torcida saia do sofá e transforme Edson Passos num caldeirão. Acredito que vai acontecer.

Aliás, foi isso o que faltou para o América Mineiro: fator torcida. Os times acima mencionados têm, e estão sempre nos estádios. Temos deficiências? Sim, e em setores importantes, como primeiro volante e lateral esquerda que, ao meu ver, precisam de contratação urgente. Mesmo com a excelente partida do Edson, que não nos fez sentir falta do Pierre, bem como o ótimo jogo demonstrado pelo Jonathan, quanto o banco entrou em ação, o time caiu de produção nessas posições: o Giovanni entrou muito mal, está mal, e vai continuar mal. W Silva que o diga, que tomou conta da lateral esquerda. E se não tivéssemos o Edson; faríamos o que? Higor Leite, Marlon Freitas? Não temos jogadores de reposição para algumas posições. Lesões acontecem, suspensões também. Precisamos de reforços, pois nem toda contratação assim o é. Mas os outros times também não têm peças de reposição; e como Levir é mágico, assim como Tite, Dorival, Cuca, Edgardo Balza, tudo pode acontecer

Rápida Triangulação:

– Haverá uma perda técnica, tática e coletiva gritante se o Scarpa for vendido. Ele não pode ser negociado, a não ser que seja por algo em torno de 100 milhões para cima, e com pagamento à vista para, fechar o CT com chave-de-ouro e trazermos uns quatros jogadores para chegar jogando

– James Rodriguez reserva do Casemiro? Mande o Marlon para o Real e nos emprestem ele por dois anos. Não custa nada tentar (rs).

– Pelo amor de Deus: releguem a oblívio convicções pessoais de oposição, situação ou “não sei não”. Se associem, cacete, nem que seja no plano mais barato. Não vamos conseguir um patrocínio máster, ainda mais em tempos de crise. Do contrário, terão que se contentar com Maranhão.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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