Em texto, Gilmar Ferreira revela chateação de Fernando Diniz




Fernando Diniz (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.)



A mal digerida dispensa de Fernando Diniz na seleção e o impacto na temporada tricolor (por Gilmar Ferreira / Jornal Extra)

“A imagem do italiano Carlo Ancelotti ao lado dos jogadores do Real Madrid no palco onde foi erguido o troféu de campeão da Supercopa da Espanha, na Arábia Saudita, me fez pensar no quanto a bagunçada CBF de Ednaldo Rodrigues foi cruel com Fernando Diniz ao usá-lo como coadjuvante no ainda mal explicado triângulo amoroso. E também no tanto que isso pode resvalar nos interesses do próprio Fluminense ao receber de volta um treinador novamente questionado por seu jogo autoral.

Fernando Diniz se chateou com o fim da interinidade na seleção, mas por ter sido comunicado indiretamente através do presidente do Fluminense, e não pelo presidente da CBF, que foi quem o contratou. No dia seguinte, sim, Ednaldo conversou com Diniz, que até hoje não digeriu a decisão. Campeão da Copa Libertadores, símbolo da conquista que elevou o futebol do país a um conceito mais elevado internacionalmente, o treinador tricolor sentiu o golpe e manifestou isso para pessoas próximas.

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Os títulos do Estadual e da Copa Libertadores não devem, portanto, serem arquivados na memória dos tricolores como um feito comum. Porque não são. A conquista do Carioca, levantado pela segunda vez consecutiva diante de um rival mais poderoso, alicerçou o tão desejado triunfo sul-americano. E foi ele, Diniz, o construtor dessa vitoriosa estratégia tricolor. Seu modelo de jogo, as preferências, os valores e a confiança no trabalho elevaram o nível do futebol de muitos jogadores.

Ou seja, o time não chegou onde chegou só porque tinha Fábio, Nino, André, Cano, Keno ou John Kennedy, mas porque a comanda-los havia um visionário e obstinado treinador. O magnetismo deste projeto esportivo do Fluminense é todo escorado nele. É preciso então que alguém levante o astral de Diniz. Ou ao menos o lembre que, apesar de ter se deixado levar pelo canto da sereia, ele foi vítima da inépcia de Ednaldo Rodrigues. Ver o seu time jogar ainda é o que de melhor o nosso futebol oferece…”

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Por Explosão Tricolor

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