Hoje: 32 anos de um inesquecível título com o Carrasco Assis




Amigos Tricolores,

O dia de hoje sempre me traz uma linda lembrança. Dezesseis de dezembro.

Lembrança de mais um dia em que acordei tenso num domingo, concentrado, só pensando no jogão do final da tarde, e retornei do Maracanã com mais um título, e em cima do nosso freguês predileto de decisões: o time de remo da Gávea, cujo futebol nós criamos exclusivamente para nos dar alegrias.

Foi naquele 16 de dezembro de 1984, quando o Fluminense, com alguns desfalques, partiu para o Maraca, no terceiro e decisivo jogo de um triangular em que ambos já haviam vencido o Vasco, e que portanto jogavam pelo título. E o Fluminense jogava pelo BICAMPEONATO ESTADUAL, que depois se tornaria TRI, numa época em que o Campeonato Estadual era muito valorizado, considerado até por muitos a disputa mais importante da temporada, pela emoção, equilíbrio, organização e nível técnico.

O empate não era de ninguém, provocaria um novo jogo, para motivar aquela historinha de sempre: “Ah, isso é jogo de compadres. Vai empatar para ter outro jogo e dar mais renda…”

Mas eu era um dos 153.520 torcedores (sim, este era um público normal em decisões!) que não acreditavam nisso, e parti para o estádio.

Aos 30 minutos do segundo tempo de um jogo equilibrado, Renê dominou a bola e lançou Aldo no tempo certo, e o lateral-direito chegou perto da linha de fundo e cruzou com maestria.

E adivinhem quem decidiu o jogo, com cabeçada magistral, contrariando a frase de Dadá Maravilha, que dizia que só ele (Dadá), beija-flor e helicóptero paravam no ar?

Sim, Amigos Tricolores, Assis parou no ar para a foto e para escolher o canto de Fillol, o argentino marrento, que apenas assistiu ao gol do Carrasco!

Golaço, mais quinze minutos de jogo e o bicampeonato tricolor, ambos em cima do rival predileto, que reconhece nossa superioridade e canta em seu hino: “Nos flaFlus é um ai-Jesus!” Não é para menos: são onze decisões, e ganhamos 8, contra 3 deles, na História.

Ficha do jogo:

FLUMINENSE: Paulo Victor, Aldo, Duilio, Vica e Renato Martins; Leomir, Renê e Assis; Romerito, Washington e Tato. Técnico: Carlos Alberto Torres.

FLAMENGO: Fillol, Jorginho, Leandro, Mozer e Adalberto; Andrade, Adílio e Tita; Bebeto, Nunes e Elder. Técnico: Zagallo.

Árbitro: José Roberto Wright

Público: 153.520  pagantes.

Renda: CR$ 788.175.000,00

Após o jogo, compus uma versão da letra da música do Roupa Nova, Whisky a Go Go, empolgado com a vitória, e com o fato de o Roupa Nova ser um grupo formado só por músicos tricolores! Nunca tive assim muita oportunidade de divulgar, apenas cantei para alguns amigos na época, em que não havia a maravilha da internet, redes sociais e whatsaap. Hoje, tenho a oportunidade, 32 anos depois, de divulgá-la, aqui, no Explosão Tricolor:

(no ritmo da música)

Foi no Maraca com o anel lotado

Só a geral que não superlotou

Mesmo com o Flu todinho desfalcado

Nas Laranjeiras o chope rolou

Toda a galera do Fluzão sorria

Quando o Renê lançou aquele bolão

Aldo correu e chegou lá no fundo

E o cruzamento foi com perfeição

Quase no fim da festa

O gol do Assis e o Fla se rendeu

Tudo se repetia

Flu Campeão e o Fla se f$%*&¨@

Eu perguntava quem foi campeão

E a resposta foi SuperFluzão

E para o Fla

Um vice a mais não faz mal

Eu perguntava quem foi campeão

E a resposta foi SuperFluzão

E para o Fla

Um vice a mais não faz mal

Êeee Êeee Ê Ê Ô NEN SE NEN NENSE

Eu perguntava quem foi campeão

E a resposta foi SuperFluzão

E para o Fla

Um vice a mais não faz mal

São trinta e dois anos de mais uma tarde inesquecível, das muitas que o Fluminense me proporcionou… E que não sairão nunca da minha memória. E o saudoso Assis foi carrasco, mais uma vez… Sorria, Assis! Sorria pra chuchu, que o campeão é o Flu…

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

placar-1984
A capa da Revista Placar da época, saudando o Abençoado Fluzão!