Como será o amanhã?




Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

Para quem conhece um pouco dos bastidores da política do Fluminense, com certeza não se surpreendeu com nenhum dos acontecimentos ocorridos nos últimos dias.

A demissão do Marcus Vinícius Freire, pedida por todos que caminham ou caminhavam com o presidente Pedro Abad, serviu apenas para pavimentar a estrada para que nomes como o do Fernando Simone, que é amigo pessoal do mandatário tricolor e muito querido pelas lideranças da Flusócio, ganhassem mais força na tomada de decisões da gestão.

Vale destacar que o Simone é cria da Flusócio. Portanto, a demissão do antigo CEO uniu o útil ao agradável. A turma do grupo político deve estar cantando feliz da vida: “Tá dominado, tá tudo dominado!”, “Tamo junto e misturado!” e “O Fluzão é nosso, aha, uhu”. Pobre Fluminense!

Agora, a turma do Cacá Cardoso entregou os seus cargos. Na verdade, de dezembro para cá, eles tiveram várias oportunidades de fazer isso. Na minha visão, pecaram por não terem tentado iniciar um movimento para pedir o impeachment do presidente Pedro Abad. Eram minoria? Sim. Mas o sentimento moral de dever cumprido estaria presente em cada um deles.

O cenário é bastante delicado. A saída do Unido e Forte pode ter “n” significados que só saberemos ao longo dos próximos meses. Nos bastidores do clube, há quem garanta que o dinheiro acabará agora em maio e que depois será na base do “A benção João de Deus”.

A caixa preta das finanças do Fluminense no período de 2016 é algo que parece ser a grande ferida de todos os escudeiros fieis de Peter Siemsen e Pedro Abad. A total falta de transparência não nos permite irmos mais a fundo, mas é muito nítido que a turma da Flusócio se incomoda bastante quando falam numa possível reabertura das contas do último ano de gestão de Peter Siemsen.

Hoje, a gestão e todos os seus apoiadores adotam o humilde discurso de que “estamos com grandes dificuldades financeiras, mas estamos trabalhando muito”. Só não mencionam que boa parte das dificuldades financeiras foram criadas por eles mesmos através de gestões visivelmente temerárias e sem transparência alguma.

É sempre bom lembrar que foi na gestão da Flusócio que o Fluminense arrecadou as maiores receitas da sua história. As luvas de renovações com a Globo, por exemplo, giraram em torno de R$ 80 milhões. De 2012 para cá, o clube arrecadou mais de R$ 340 milhões em vendas de jogadores, sendo que até 2014, a Unimed arcava com 70/80% da folha salarial do futebol, segundo informações divulgadas na época.

Infelizmente, a única certeza de momento é a de que teremos que lutar pela nossa sobrevivência com uma turma que não possui mais credibilidade alguma e que já provou não ter a mínima capacidade de gerir um clube como o nosso. Definitivamente, o Fluminense não é para amadores ou…

Diante dos fatos, fica a pergunta: “Como será o amanhã?”

Forte abraço e Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo



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