Ex-Fluminense revela bastidores de briga à beira de campo com Paulo Henrique Ganso: “Não sei o que deu nele”




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Bastidores

Técnico do Fluminense em 2019, Oswaldo de Oliveira ficou marcado em sua última passagem pelo Tricolor das Laranjeiras por conta de uma forte discussão com Paulo Henrique Ganso, em uma partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano.

Ambos bateram boca com direito a troca de ofensas após o meia ser substituído. Ao Charla Podcast, Oswaldo de Oliveira contou os bastidores da situação que levou ambos ao limite em campo e citou uma displicência tática de Ganso como o motivo principal pela discussão.

“Isso tem quatro anos. Eu cheguei no Fluminense, era um time brilhante, mas não fazia gol e tomava muito. Foi em seguida ao trabalho do Diniz. Eu sabia que precisava melhorar a defesa. Todos eram contra eu colocar Nenê e Ganso juntos. Eu achava que não. Se eles se ajudassem, daria certo. Com o Nenê foi mais certo, o Ganso era muito envergonhado, muito tímido”, iniciou.

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“Nós fomos pegar o Santos do Sampaoli, que colocava seis caras dentro da área e tinha o Soteldo como escape. Eu precisava marcar aquilo. Eu disse a eles: quando o goleiro do Santos pegar a bola, ou ele vai quebrar no Soteldo ou vai sair jogando aqui (na defesa). O Igor Julião marcava o Soteldo, mas não podia fazer sozinho. Então o Ganso ajudava”.

“Nas duas primeiras ele foi. Teve uma bola que ele não chegou, Soteldo foi…gol do Santos. Eu tinha treinado, mostrado vídeo…chegou no intervalo, 1 a 0 para o Santos, eu voltei a falar, mostrei de novo…voltamos, eu vi que ia acontecer de novo, eu gritei para ele voltar para marcar. Eu não sei o que deu nele…ele começou a me xingar”, contou.

Oswaldo revelou ao podcast que não conseguiu mudar a mentalidade do atleta e que recorreu a pessoas próximas a Ganso. Até mesmo Neymar, à época no Paris Saint-Germain, foi acionado para conversar com o meia do Fluminense.

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“Na mesma hora eu substituí. Por causa desse comportamento tímido dele, eu não estava conseguindo atingir ele com o meu discurso. O que eu fiz? Eu fui no Nenê, no Marcão, no Paulo Angioni, pedi que falassem com ele. É uma questão de psicologia. Mas, precisávamos tentar reverter a situação. Ele era muito bom”.

“No meio do caminho, eu me lembrei do Neymar. Ricardo Rosa estava há dez anos com o Neymar, expliquei para ele, o Neymar ia falar com o Ganso. Eu pedi para muitas pessoas tentarem assediá-lo. Quando eu gritei, ele me xingou, tirei ele de campo. Quando saiu, ele continuou. Aí aconteceu o que aconteceu”.

No dia da discussão, em entrevista ao Premiere, Ganso deu a sua versão do bate-boca que teve com Oswaldo de Oliveira. “Claro (que existe clima para seguir), eu não trabalho para o Oswaldo. Eu trabalho para o Fluminense. E procuro ajudar meus companheiros. Mas, não foi por isso. Foi por algo dentro de campo. O jogo é quente, é do jogo. A gente conversa lá dentro…”, finalizou.

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Curiosamente, Oswaldo de Oliveira deixou o comando do Fluminense após aquele empate por 1 a 1 com o Santos, que ficou marcado pela discussão. Ao todo foram sete jogos do treinador à frente da equipe, com um aproveitamento de apenas 38,1%.

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Por Explosão Tricolor

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