FERJ entra com pedido na Justiça contra o Maracanã S.A. 




A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) entrou com pedido, na Justiça do Rio, de medida cautelar futura para garantir que vá receber uma multa de R$1 milhão caso a Maracanã S.A. (Odebrecht e Aeg) não consiga deixar o estádio em condições de receber as partidas do Carioca após a realização dos três grandes shows marcados até abril.

Usando do discurso de que o bem maior do Maracanã é o futebol, a FERJ, que não possui vínculo direto com a administradora, diz zelar pela experiência do torcedor no Campeonato Carioca. Apesar do discurso oficial de que o campeonato será prejudicado pelos danos à grama, a petição inicial não pede a suspensão dos eventos, não tenta impedir a troca da grama, nem fala em calendários conflitantes. Mas pede que o Maracanã seja cuidado e funcione priorizando o futebol. Sob pena de multa para a federação.

Na conclusão do pedido de caráter liminar, os advogados da FERJ pedem o arresto dos bens da concessionária para ser indenizada caso o Maracanã não esteja “com patrimonial, vigilância, limpeza, instalação e operação de bilheterias e catracas, controle de entrada e saída de equipamentos, conservação do gramado, piso, cadeiras e demais instalações” em perfeito estado. Em entrevista concedida ao jornal “O Globo”, o procurador-geral da FERJ, Sandro Trindade, afirmou que a ação busca um diálogo maior.

‑ O calendário da Federação é sabido por todos. O bem maior do estádio é o futebol. No entanto, ele será prejudicado pelos shows. Se for preciso que eles não aconteçam, que assim seja. O gramado não pode ser trocado no meio da competição e pra isso o Maracanã precisará ser fechado por 10 dias. Queremos achar um meio para que tudo possa acontecer. Desde que o futebol seja contemplado – explicou Sandro Trindade.

Na petição entregue à Justiça do 19 de dezembro, o gramado até é citado no meio da argumentação:



“Campeonato Estadual da Série A de Profissionais” teve início sem que a FERJ pudesse definir o Estádio do Maracanã como local apropriado para receber as partidas de futebol profissional de principal apelo da competição, haja vista inúmeras apresentações musicais de grande repercussão próximo ao fim da Taça Guanabara e início da Taça Rio. São elas: 22 de fevereiro de 2018: Phil Collins; 25 de fevereiro de 2018: Foo Fighters; 25 de fevereiro de 2018: Queens of Stone Age; 21 de março de 2018: Pearl Jam. Como se isto não bastasse, notícias de jornal dão conta que o Complexo Maracanã Entretenimento S.A. irá paralisar o funcionamento do Estádio do Maracanã – por 10 (dez) dias úteis – no mês de fevereiro de 2018, para a substituição do gramado, em plena execução do “Campeonato Estadual da Série A de Profissionais”.

No dia 25 de fevereiro ocorrerá show da banda de rock Foo Fighters, entretanto, a FERJ marcou em seu calendário um clássico entre Fluminense e Flamengo, ainda sem local definido. Como o Tricolor das Laranjeiras é mandante da partida, ele pode escolher onde jogará. As opções seriam: Engenhão, Volta Redonda e Maracanã. Já no dia 21 de março está marcada uma das partidas da semifinal da Taça Rio.

A FERJ alega que não teve acesso prévio à marcação dos shows e que seu calendário foi discutido em outubro. A Maracanã S.A, por sua vez, comunicou oficialmente à Casa Civil do Estado, em março de 2017, que estava negociando esses shows, como manda o contrato de concessão. Os três shows já estão com ingressos à venda desde outubro e espera-se um publico de mais de 70 mil pessoas. De acordo com algumas fontes consultadas, é inviável que uma partida de futebol seja realizada no dia anterior e posterior aos shows por causa da montagem e da desmontagem das estruturas. Por isso, a FERJ não requereu judicialmente a realização das partidas, preferindo a indenização.



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Por Explosão Tricolor  / Fonte: O Globo / Foto: Divulgação 

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