Futebol reativo, administração reativa




Short e meião (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Salve, aristocrática torcida tricolor, volto para tentar entender, junto com vocês, os rumos da administração do futebol do Fluminense. Não quero falar da parte financeira – deixo isso para os especialistas, como Yuri Soeiro. Leiam seus textos aqui no Explosão – vamos falar de planejamento, montagem de elenco e perfil de contratações para a próxima temporada. Primeiramente, minha análise é de que essa diretoria ultrapassa todos os limites aceitáveis no quesito “erro”. Digo isso por conta do desequilíbrio gritante do elenco atual, além da preferência  bizarra por veteranos, e das ingerências de empresários de jogadores no clube.

Dito isso, vamos falar de 2022. Qualquer clube bem administrado, a essa altura do ano já estaria com sua comissão técnica definida, mercado mapeado a partir das necessidades do elenco e negociações adiantadas. Mas Vitor, nomes pipocam na mídia! Especulações não contam, o que importa é contrato assinado e sobretudo, planejamento definido. Quem comanda o futebol do Fluminense parece mais preocupado em, assim como o time, ter uma “atitude reativa” em relação à torcida e às mídias tricolores, do que de fato preparar uma estrutura competitiva para o próximo ano. 

Venho pedindo, implorando em textos e lives, o rejuvenescimento do elenco, com jogadores mais dinâmicos, modernos e competitivos. Enquanto isso, a diretoria navega na direção contrária, especulando jogadores veteraníssimos, lentos e em fim de carreira. Não tenho nada contra os mais experientes, mas já temos o suficiente no plantel atual, precisamos focar agora em reforços que cheguem como solução, qualificar a base que ja temos. Mesclar Xerém, experientes e poucos reforços de peso, jovens e de qualidade comprovada. Craques não “custam caro”, Caios Paulistas, Egídios e Danilos, sim, custam caro. E muito.

A minha súplica portanto, é pela adoção de um planejamento que resgate o Fluminense vencedor, com criatividade, ousadia e coragem, somos pioneiros nisso tudo. Dá pra ter um futebol competitivo com o orçamento atual, outros clubes já provaram isso, chega de se esconder atrás de retóricas como “reconstrução”, “salários em dia” , que são fundamentais, mas não podem servir como justificativa para erros amadores. A torcida exige isso, a história do Fluminense exige isso. Torçamos, estamos todos no mesmo barco.

O Óbvio Ululante…

– Precisamos de um atacante para disputar posição com JK, Gilberto é um nome que me agrada bastante.

– As laterais deveriam ser prioridade do Flu no mercado. Urgente. Sem papo de “valores assustam”.

– Precisamos também de pelo menos um meia de qualidade indiscutível, e outro como aposta.

– Não gosto da palavra “barca”, mas que ela tem que sair lotada, tem.

Vitor Costa (Twitter: @vitorcosta1111)