Pobreza tricolor




Hudson (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)



Confesso que logo após o apito final do empate do Fluminense com o Botafogo, não tive força para montar o texto pós-jogo aqui no portal. Infelizmente, assistimos mais noventa minutos de pobreza técnica e tática da equipe comandada pelo técnico Odair Hellmann e montada pela dupla Mário Bittencourt/Paulo Angioni.

Em nenhum momento, o Fluminense se impôs no clássico vovô. O pouco que criou foi através de bola parada e da capacidade técnica do Fred, que funcionou como pivô. No restante, um show de omissão e mediocridade.

De cara, os laterais foram nulos. Pela direita, Igor Julião praticamente não passou do meio de campo, ou seja, não se apresentou para o jogo. No lado esquerdo, Danilo Barcelos mostrou o que ele realmente é: ruim pra caramba! Sendo assim, não tinha como o time evoluir dentro de campo. Sem falar que isso deixa a referência do ataque ainda mais isolada lá na frente.

No meio de campo, Hudson foi envolvido com facilidade em diversos momentos. Na recomposição, uma tragédia. Por sorte, o Botafogo não soube tirar proveito dos espaços. Ainda por cima, não deu o apoio necessário ao lado direito. Essa omissão e o medo do Igor Julião explicam um pouco o fato de o Michel Araújo ter tido uma atuação apagada, em especial, no primeiro tempo. O uruguaio não tinha com quem construir jogadas.

Para fechar o pacote medíocre do Fluminense, não poderia deixar de falar do Odair Hellmann. Tudo bem que os desfalques pesaram. Não há como ignorar esse problema. Porém, impressiona a incapacidade do técnico quando o assunto é leitura de jogo. A substituição do Fernando Pacheco, por exemplo, foi terrível. É fato que o peruano deixou a desejar no acabamento das jogadas, mas o lado direito alvinegro também não andava. Para manter uma coerência tática, o correto seria a entrada do Caio Paulista, pois era o único no banco de reservas que possuía as características necessárias para manter travado o lado direito do Alvinegro.

Ainda sobre a substituição do Pacheco, achei até que o Yago Felippe entrou razoavelmente bem. Mas acabou chamando o Botafogo para o jogo, pois o time ficou sem qualquer tipo de válvula de escape. Um ponto que merece ser questionado é a insistência com o Nenê, que sumiu no segundo tempo. O veterano da 77 virou uma entidade sagrada no Fluminense?

Para não falar que não teve nada de positivo, destaco as atuações do Dodi e Fred. Matheus Ferraz vinha bem, mas se lesionou no início do segundo tempo. Uma pena.

Meu grande temor é o conformismo da diretoria com essa mediocridade que o Fluminense vem apresentando, mas que vem se sustentando em termos de resultados por conta da pobreza técnica que tem sido a atual edição do Campeonato Brasileiro. Mas isso será papo para amanhã…

Curtinhas

– Muriel fez algumas defesas importantes, mas a insegurança dele está dando nos nervos. Já passou da hora de esquentar o banco…

– Nino foi bem por baixo, mas deu uns vacilos pelo alto.

– E o cruzamento do lateral-esquerdo Marcos Pedro para o gol do Gabriel na vitória do Fluminense sobre o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro Sub-20? Danilo Barcelos e Egídio conseguiriam?

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo

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