Reflexões e questionamentos sobre o atual Fluminense




Torcida Tricolor (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
A torcida do Fluminense não anda nada satisfeita (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

O Fluminense perdeu. E o que é pior: perdeu de pouco. Não dá nem para reclamar o lance irregular do primeiro gol, pois a derrota por 2 a 1 ficou barata. O Cavalieri falhou mais uma vez, mas acabou evitando um sacode dos grandes. Até o primeiro gol, o jogo estava bonito e equilibrado. Depois… 

E o treinador nessa história? Na escalação inicial, tentou dar uma oxigenada na defesa ao sacar o Marlon e o Giovanni para as entradas do Renato Chaves e Léo Pelé. No restante do time, não dá para reclamar, entretanto, temos um problema sério: como jogar com Cícero, Diego Souza e Fred juntos? Lentidão total. E isso preocupa muito em todos os sentidos, pois barrar qualquer um dos três poderá desencadear mais uma terrível história nas Laranjeiras. 

Ainda sobre o Eduardo Baptista, ele errou feio ao deslocar o único meia que exibia lucidez no setor de criação. Colocar o Gustavo Scarpa na lateral-esquerda foi uma tremenda infelicidade. Aí pergunto: cadê a visão do treinador?

Outra situação que evidencia a falta de visão do nosso treinador foi a questão dos laterais rubro-negros estarem pendurados. De imediato, o contestado Osvaldo era para ter entrado com a instrução de partir pra dentro dos caras para forçar a expulsão. Mas o Eduardo resolveu colocar o Gerson. O Osvaldo entrou bem mais tarde.

Apesar do gol irregular, a vitória do Flamengo foi incontestável. Tudo bem que até o polêmico lance, o jogo estava totalmente equilibrado, mas não dá para viajarmos no imaginário mundo do “se”. O Fluminense dançou. E segue o jogo. Mas para que o jogo continue seguindo, seguem alguns questionamentos que merecem profundas reflexões:

1 – O Diego Cavalieri tem história no Fluminense, foi peça decisiva na campanha do tetra, ganha um grande salário, mas não dá para deixar de fazer uma pergunta: ele é insubstituível? Um banquinho de leve, para fazer com que ele fique mais ligado, seria uma boa. Anda falhando seguidamente. Além disso, o Julio Cesar não está de bobeira.

2 – Mais uma vez pergunto: qual o mistério do Jonathan no Fluminense? Jogador de grande currículo, que sempre jogou uma bola redonda, mas sequer fica no banco. Até quando o Wellington Silva continuará absoluto? Se o Jonathan não serve nem pro banco, o Fluminense deveria rescindir o contrato dele. Não dá para entender.

3 – O Marlon está mal, o Henrique idem. No momento, o Renato Chaves é o melhor dos três. Acho que está na hora do treinador pensar em dar uma oportunidade ao Nogueira. E que o Henrique e o Marlon sejam submetidos a um processo de recondicionamento físico e, principalmente, técnico, pois os dois têm bola suficiente para darem a volta por cima.

4 – Temos um problema sério na cabeça de área. Com o Pierre não dá. O pior de tudo é ver uma meia dúzia de tricolores dizendo que ele dá o sangue. Meus amigos, lugar de dar o sangue é no Hemorio. No gramado tem que mostrar futebol. E isso, o Pierre está longe de mostrar. Muitas faltas e dezenas de passes errados. O Fluminense tem que contratar alguém que saiba jogar ali, mas por enquanto, tem que meter o Douglas ou Edson na vaga do nosso “cincão porrador”. 

5 – Como fazer o Fluminense engrenar com o Cícero, Diego Souza e Fred juntos entre os onze titulares? Se o Eduardo Baptista conseguir, podem ter certeza que serei o primeiro a tirar o chapéu para ele. 

É isso, galera. Dançamos em Brasília, terra da politicagem, que diga-se de passagem, rolou na entrada do hotel onde o Fluminense estava hospedado e no gramado da Arena Mané Garrincha. “Mário para presidente”, “São Mário” e “Fora Dilma” ditaram o ritmo do Fla-Flu da capital federal. Mas futebol do Fluminense que é bom, nada…  

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – A impressão que tive pela televisão é a de que 99% do estádio era rubro-negro. Me lembro bem, que o Fluminense enfrentou o Bahia no mesmo estádio, em 2014. Na época, cerca de 9 mil tricolores marcaram presença. Se ontem deu 33 mil, acredito que o Fluminense tenha conseguido a proeza de desestimular até os tricolores que residem fora do Rio de Janeiro.

2 – Uma sugestão: emprestar Jonathan, Gum, Pierre, Osvaldo e Magno Alves. Detalhe: pagando metade do salário deles. Não sei quanto eles ganham, mas acredito que sairia uma economia de, no mínimo, uns R$ 500 mil mensais. Só o Gum e o Osvaldo juntos custam cerca de R$ 600 mil mensais ao Fluminense. Será que ninguém aceita? Meio milhão de reais mensais deixa o Fluminense mais forte para contratar um treinador de ponta.

3 – Não dá mais para aturar jogadores inúteis que só estão sugando a nossa folha e nunca são utilizados pelo treinador. É muita grana parada. Está na hora da gestão de futebol dar um jeito nisso. E se não der, o presidente Peter Siemsen tem que tomar uma atitude.

4 – Muricy Ramalho chegou agora no Flamengo, está com o time em formação, mas engoliu o Eduardo Baptista. E ainda me pedem paciência com um cara que está no Fluminense desde a metade de setembro. 

5 – Sem querer tumultuar ou incendiar, mas se não vencer o Botafogo na próxima quarta… Vamos continuar na torcida por dias melhores, mas sem jamais tapar o sol com a peneira.   

Saudações Tricolores

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor