Novo estádio: o diferencial tricolor!




Bom! Como já havia afirmado na coluna anterior, a euforia do jogo contra o Cruzeiro não duraria muito. O time do Fluminense é fraco e acreditar que Maranhão ia fazer outra partida de “Messi brasileiro” é querer demais! Em Edson Passos, a torcida contou muito, as pipas deram o charme especial ao jogo e o Cruzeiro… bem, o Cruzeiro é muito ruim! Tanto que está na penúltima colocação do Brasileirão. E sem perspectiva de melhoras mesmo com a chegada de Mano Menezes… 

Ainda sobre o jogo, é claro que Richarlison não mandou bem. Não é certo, porém, crucificar o moleque. Tem apenas 19 anos e ainda poderá render muito com o manto do Fluminense. Precisa de mais maturidade e fundamentos. Mas deve continuar treinando com os profissionais e ser escalado quando necessário, apesar de não poder ser titular. Devemos dar tempo ao garoto para não corrermos o risco de vê-lo brilhar em outros gramados e ficarmos com o famoso “gosto de chapéu velho na boca”. 

Deixemos o jogo um pouco de lado. Voltemos à estrutura do clube. A notícia da última semana foi a possível conclusão do CT da Barra e a informação, até certo ponto surpreendente, de que o Fluminense está em fase avançada de negociação de um terreno para a construção de um estádio próprio. Claro que “a fase final” de Peter Siemsen pode demorar séculos ante a letargia da sua diretoria, mas a novidade empolga. Bastam alguns exemplos do Brasil e do mundo para concluirmos que um estádio próprio gera boas receitas e traz a torcida pra junto do time. E são exemplos recentes.

Torcida do Fluminense (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
O sonho da torcida do Fluminense é ter uma própria arena  (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

O Palmeiras, apesar de ter amargado um longo jejum, até mesmo na segunda divisão, hoje colhe os frutos de um estádio próprio e moderno. A Arena Palmeiras, ou antigo Parque Antárctica, mudou o patamar e o status do time. Antes considerado o quarto entre os grandes paulistas (só tem quatro), hoje o time é líder do Brasileiro e foi o último campeão da Copa do Brasil.

De acordo com o site globoesporte.com, o Palmeiras ocupa a segunda colocação na média de público nos jogos de 2016, perdendo apenas para o Corinthians, que possui um número muito superior de torcedores. Atualmente o papagaio paulistano tem uma média de 27.042 pagantes, sendo que, se considerarmos os jogos realizados somente na Arena Palmeiras, a média sobe para 30.315. Ou seja, apenas cinco mil torcedores de média menor que o público do rival. E com lucros muito maiores porque a Arena não está na lava-jato assim como o Itaquerão e não há uma dívida com dinheiro público absurda como a que foi feita por Andrés Sanches.

Na Europa, dois exemplos chamam a atenção. O primeiro é o do Lille, modesto clube da primeira divisão francesa. Após a construção do seu Grand Stade Lille Metropole, cuja inauguração ocorreu em outubro de 2012, o clube passou a ter uma casa própria para cerca de 50 mil expectadores. Antes, alugava o modesto Stade Lille com capacidade para apenas 17 mil torcedores. E a torcida correspondeu: apenas na primeira temporada com o novo estádio ela já tinha adquirido, de forma antecipada, cerca de 30 mil carnês para todas as partidas da equipe na Ligue 1. No campeonato 2015/2016, mesmo não fazendo uma boa campanha, foi o terceiro em torcida, com média pouco superior a 35 mil pagantes. Sinal que estádio próprio construído com o planejamento adequado atrai renda para o clube e melhora o ânimo do torcedor e do próprio time.

Outro exemplo é o da Juventus de Turim. Apesar de ser um dos grandes da Europa, o Juventus Stadium, inaugurado em setembro de 2011, eliminou uma das maiores reclamações dos “tifosi” com o antigo Delle Alpi, que era a distância das arquibancadas para o campo. Bom, bonito e barato, como mencionado por diversos sites, dentre eles o globoesporte.com e o espn.com.br, a média de público da “Velha Senhora” subiu de 25.987 no Delle Alpi para 38.446, indo de uma renda de 525 milhões de reais na última temporada antes da inauguração do novo estádio para R$957 milhões de reais com o novo. Nada mau se considerarmos que o antigo estádio cabia mais de 67 mil pessoas e o atual, cerca de 41 mil pessoas. E o melhor: custou mais barato que 11 dos 12 estádios reformados para a Copa do Mundo no Brasil.

Além do aumento do público e da renda, outras “coincidências” entre os três casos é o incremento do programa de sócio-torcedor. Para ficarmos somente no Brasil, o Palmeiras, com a inauguração da sua Arena em 2014, passou de 35,5 mil sócios para mais de 64 mil. Quase 29 mil sócios novos em apenas um ano. Hoje, de acordo com o site históricofutebolmelhor.com.br, possui 126.607 sócios, perdendo apenas para o rival Corinthians, que conta com 128.045. Ou seja, o estádio novo funcionou. E os torcedores ainda têm um lugar para chamar de seu.

Fico imaginando: se em Edson Passos já foi euforia pura, imagina na nova Arena Tricolor.

Tomara que aconteça! Será o nosso diferencial!

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. Com os novos contratados, o Fluminense não corre risco de cair. Mas é time de meio de tabela. Nada de esperar G-4.
  1. Marcos Jr. bateu três escanteios no mesmo lugar no segundo tempo. Um atrás do outro. Melhor treinar mais!
  1. Douglas jogou mal! Mas o garoto tem potencial. Volante moderno e que sabe sair jogando. Ainda é meu titular.
  1. Levir Culpi deveria mostrar uma postura mais aguerrida quando fala ao público. Parece aceitar maus resultados. Acorda Levir!
  1. Falei sobre estádios considerando a promessa de Peter. Se levarmos em conta que o CT do Fluminense foi uma promessa de seis anos atrás, melhor esperarmos a nossa nova casa pra daqui 15 anos. A não ser que a atitude mude.

Evandro Ventura / Explosão Tricolor

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