Venda de promessa, chegada de reforços, negociações por patrocínios, possível retorno de Fred e muito mais; confira a coletiva completa de Mário Bittencourt






Mário Bittencourt concedeu entrevista coletiva no começo da tarde desta sexta-feira

Após o treinamento da manhã desta sexta-feira (02), o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu uma longa entrevista coletiva no CT Pedro Antônio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Confira abaixo todas as respostas do mandatário tricolor:

Trabalho de Fernando Diniz 

Mário Bittencourt: Qualquer profissional está sob constante avaliação. Seja assessor de imprensa, advogado e treinador. Chegamos aqui, eu e Celso (Barros, vice-geral) a menos de dois meses. Estamos fazendo avaliação desde que a gente chegou. E também das condições que ele (Diniz) tem de trabalho. Do time que terminou o Carioca, só um é titular. É um novo time e continua sendo um time em formação. Acabamos de entregar três reforços, o Muriel, o Nenê e o Nem. O time está nas quartas de final da Sul-Americana, mas é inegável que estamos mal no Brasileiro. Estamos na zona de rebaixamento, mas quem olha aqui de dentro vê que o trabalho é realizado de forma correta. Nos últimos jogos, atuamos bem, mas perdemos com gols de bola parada. O futebol é momento, mas hoje ele (Diniz) está mais sólido do que nunca.

Chegada de reforços

Mário Bittencourt: Possivelmente estamos caminhando para duas possibilidades para semana que vem. Preferia que pudessem bater esse papo semana que vem com Celso e (Paulo) Angioni (diretor), o pessoal do futebol. Nossa ideia é fechar com duas contratações para o grupo até o fim do ano. Possivelmente vamos concluir duas situações no fim de semana agora. Com relação a Junior Tavares, houve um início de conversa, mas não avançamos. Vida que segue.

Possível retorno de Fred 

Mário Bittencourt: Já falei algumas vezes, temos uma relação muito boa. Ela se construiu aqui no Fluminense. Fui o responsável pela renovação do contrato em 2015. Infelizmente, ele saiu daqui de maneira ruim. A instituição não foi inteligente com o ídolo. Respeito o contrato dele com o Cruzeiro. Se for possível dele voltar em janeiro, e não farei pelas costas do Cruzeiro, faremos de tudo para repatria-lo. Mas terá de ser dentro das nossas condições. Estamos sendo criativos. Se ele nos abraçar dentro da nossa realidade, faremos de tudo para tê-lo aqui.

Venda de Leandro Spadacio

“Esse atleta, especificamente, já havia subido para o profissional duas vezes, treinado com Abel Braga e Marcelo Oliveira, é de qualidade, mas não performou no profissional e desceu. Esteve em um período de treinos com Diniz e também não foi aproveitado. E foi, neste momento, superado por atletas mais jovens. Há atletas de 16, 17, 18 anos treinando no profissional. Ele estava próximo de 20 anos. Chegou uma proposta do mundo árabe, um mercado que não costuma comprar atletas assim. Chegou essa proposta pois lá se tem uma regra que atletas nascido dos anos 2000 poderia ser contratados sem vaga de estrangeiro. O atleta foi vendido, 70% dos direitos. Se ele maturar lá na frente, podemos ter alguma valorização. Sobre valores, o Fluminense tem um balanço que é publicado. A gente vai implementar em setembro ou em outubro o Portal da Transparência. Assim que a gente implementar o portal, vocês terão ciência dos valores. Foi um valor interessante dentro da realidade que expliquei aqui”.

Negociações por patrocínios

Mário Bittencourt: É muito importante entender que o uniforme não é apenas o patrocinador master. Tem diversas propriedades. Dia 11 vamos completar dois meses. Herdamos um patrocínio nas costas, conseguimos um de omoplata. Estamos praticamente fechados com uma marca para barra/costas até 2020. Seguimos em negociação para o master. É um mercado fechado. Os valores não são o que a gente acha condizente ao Fluminense. Temos negociação para a manga também. Em breve, nos próximos.

Reclamação à CBF contra a arbitragem

Mário Bittencourt: Perguntei sobre o VAR no jogo contra o São Paulo. E contra o Vasco sobre as nossas expulsões. Isso tudo fez parte do ofício que apresentei, com um vídeo. Leonardo Gaciba me prometeu responder.

Transferência de Luciano

Mário Bittencourt: O Fluminense tinha uma opção de compra com o Leganés, que poderia ser exercida até o final do ano. Dificilmente, a gente conseguiria fazê-lo pelos valores altos. O Fluminense tem dificuldade de comprar. Nosso elenco é composto por 95% de emprestados. Ele recebeu proposta salarial alta, a gente não tinha como cobrir. Ele nos comunicou, a gente autorizou a abrir negociação. O Leganés tentou negociar um valor maior com os outros clubes. A gente tinha a taxa de vitrine 20%. Mas o time espanhol não queria nos pagar. Chegamos a um denominador comum. O Grêmio nos pagou um valor a mais do que a gente tinha direito. Chegou a uns 30%.

Crescimento do número de sócios

Mário Bittencourt: Desde que a gente assumiu o clube, tivemos 3 mil novos sócios. Peñarol foi o recorde histórico de associados da modalidade Sócio Futebol dentro do estádio. Faço um apelo: dos 30 mil pagantes no jogo, 9 mil eram do Sócio Futebol. Precisamos dessa receita fixa.

Penhoras e ações judiciais

“A gente já monitorou todos os processos com possibilidade de penhora. Alguns que já existiam e outros que podem virar execução. O que estamos fazendo agora é pegar processo a processo, credor a credor e apresentar uma fluxo de pagamento com carência. Não tem outra situação. É uma escolha de Sofia: ou se paga quem está aqui ou se paga os processos. Foi por isso que vendi o mando de campo do jogo contra o Corinthians. Não concordo com isso de forma conceitual. Mas havia 90 dias de atraso e tive de fazer. Outra foi o bônus do João Pedro. Digo isso tudo para falar que o outro caminho é pegar dinheiro emprestado. Não quero deixar isso para o próximo. Fora do Ato Trabalhista, temos umas 200 ações trabalhistas. E umas outras 100 cíveis. Isso tudo representa uns R$ 300 milhões, valores aproximados. Eu seria leviano se falasse que não sabia disso. A gente montou uma equipe. Montei um gabinete de crise e monitora isso como se fosse controlador de voo. É óbvio que tem coisa que escapa. Tem gente que não aceita conversar, não consigo controlar todo mundo. Tento fazer que a instituição mudou. E evitar ao máximo se construir novas dívidas. A gente está caminhado bem. Volto a apelar ao Sócio Futebol”.

Clique aqui e veja a lista com as últimas notícias do Fluzão!



Por Explosão Tricolor

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com