Jamais te abandonarei




Não se brinca com paixão (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)



Na noite do dia 27 de janeiro, eu estive presente no Luso-Brasileiro. Era a partida de estreia do Fluminense no Carioca contra o Bangu. A euforia estava grande, os palpites mais modestos cravavam uma vitória por 2 a 0. No jogo deu tudo errado e o Bangu venceu por 1 a 0.

Horas depois, em casa, comecei a passar mal. Emergência e diagnóstico de AVC. Começa a luta pela vida, mas sem jamais esquecer do Fluminense.

Mesmo debilitado, a minha luta era para manter a minha memória intacta. No domingo, cheio de sono, estava aguardando os “Gols do Fantástico” para saber o placar do jogo contra o Madureira. Passou o gol do Jhon Arias e o Alex Escobar ainda brincou: “fez 1 a 0 e só”. Fiquei aliviado, mas o lado corneteiro falou: “Porra, o Fluminense tá foda”.

Ainda no CTI, escutei o jogo contra o Audax. Os médicos liberaram o celular.

Graças a Deus, recebi a alta no dia do Fla-Flu. Sinal da vitória, que foi confirmada pela Arias. Ganhar Fla-Flu é normal né? A partir daí, minha saga pessoal começou. Assistir pela TV e não poder ir aos jogos foi duro, mas era necessário. O Flu foi acumulando vitórias em clássicos e nos jogos pela Libertadores.

Ontem, foi a vez de conquistar a Taça Guanabara de forma irretocável. Goleada e uma grande atuação do time. Após o segundo gol, as lágrimas desceram. Conferi a pressão, mas estava tudo certo: 11×8! A conquista é simbólica, mas me marcará pelo resto da vida.

Ah, esqueci: parabéns, Abel Braga e time! E por falar em esquecimento…

Depois de toda essa história, só tenho uma coisa a dizer: “Fluminense, você pode até me “esquecer”, mas eu jamais te abandonarei. Nem mesmo no leito de uma CTI”.

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo